Vinte pessoas morreram e mais de 350 pessoas foram presas na Venezuela nesta semana em manifestações contra o governo do presidente Nicolás Maduro, segundo informou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) nesta sexta-feira (25).
A alta comissária Michelle Bachelet pediu investigações independentes sobre o eventual uso excessivo da força pelos serviços de segurança e por grupos armados – contra ou pró-governo.
“Qualquer incidente violento que resulte em mortos e feridos deve ser submetido a uma investigação independente e imparcial para determinar se houve uso excessivo da força por parte das autoridades e grupos armados”, afirmou a ex-presidente chilena em um comunicado.
O Alto Comissariado também fez um apelo por “conversas imediatas” para aliviar a tensão que enfrenta o país, que registrou ao longo da semana 180 protestos nas áreas mais pobres de Caracas, antes considerados bastiões do chavismo, que governa o país desde 1999.
“Estou extremamente preocupada com a possibilidade de a situação na Venezuela escapar rapidamente do controle, com consequências catastróficas”, ressaltou Bachelet.
Protestos
A onda de protestos se intensificou na segunda-feira (21) depois que membros da Guarda Nacional Bolivariana se rebelaram e pediram para que as pessoas protestassem contra Maduro.
Na quarta-feira (23), houve uma grande mobilização que levou às ruas manifestantes pró e contra Maduro. Apenas neste dia, 320 pessoas foram detidas, segundo o balanço da ACNUDH.
Durante o ato, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, declarou-se presidente interino. Segundo ele, a iniciativa tem o objetivo de montar um governo de transição até a organização de novas eleições.
G1