O velório do poeta, escritor, jornalista e editor Juca Pontes continua hoje e até o meio dia desta terça-feira, 11, na Central São João Batista, no Centro de João Pessoa. Juca, de 64 anos, morreu na madrugada deste domingo, 9, de infarto fulminante. Seu corpo será cremado e as cinzas serão jogadas na Ponta do Seixas.
Ele se queixou nas últimas semanas de falta de ar, foi diagnosticado com pneumonia e estava internado no Hospital Santa Isabel desde o sábado. O quadro piorou rapidamente e Juca teve um derrame pleural. Além disso, os médicos detectaram que o coração do poeta estava crescido.
Ele deixou quatro filhos (Jade, Tao, Maíra e Iam) e quatro netos.
Muito querido, Juca Pontes conquistou milhares de amigos e se notabilizou pelo trabalho como editor de livros. “É difícil um escritor paraibano que não tenha uma obra editada por Juca Pontes”, disse o artista plástico Fred Svendsen. Já o cronista Gonzaga Rodrigues resumiu que além de poeta na escrita, Juca era também na arte de editar livros.
“A API, a poesia, a literatura, a arte e todos os paraibanos estão hoje de luto pela partida repentina e precoce de Juca Pontes, que deixa um legado de amor a arte e a Paraíba”, declarou o presidente da Associação Paraibana de Imprensa, Marcos Wéric. A entidade tinha Juca como seu diretor de Cultura.
Juca Pontes era autor de livros como Ciclo Vegetal, Ranhuras do Corpo, Carro de Boi, Laçado do Corpo, dentre outros. Também era proprietário da Forma Editorial, que colocou no mercado livros de uma série de autores da Paraíba e de outros estados.
O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP) também lamentou a partida precoce do escritor: “Na vida encontramos pessoas que traduzem com perfeição o conceito de “amor ao próximo” e são capazes de contagiar o mundo. Meu amigo, Juca Pontes ou apenas “Juquinha” como eu e tantos outros gostávamos de chamá-lo, era um editor perfeccionista, poeta inspirado, redator técnico e acima de tudo um amigo/irmão fiel. Pai dedicado e apaixonado pelos seus, Juca dedicou a vida a trazer a palavra certa no momento certo e tenho que dizer que era um especialista nessa honrosa tarefa. A cada um dos nossos encontros ele sempre me dava um abraço e um beijo que trazia no gesto a grandeza de um ser humano que compartilhava a paz, o carinho e o respeito. A partida precoce de Juca deixa a mim e a Lauremília devastados, pela relação que nutrimos uns pelos outros. Quantas vezes o simples olhar deste bom amigo nos trouxe esperança e ânimo. Mago nas palavras, humilde no caminhar e um talentoso artista que sempre será lembrado. Este é Juca, que sempre que a vida lhe ofereceu tristezas respondeu com um sorriso franco.Sua obra segue viva, seu legado intocado e meu respeito ainda maior… Vá em paz, meu amigo. Sua vida é poesia até na partida, em um dia em que celebramos a ressurreição de Jesus Cristo. Eu e minha casa hoje oramos a Deus para que o receba de braços abertos com o carinho que você distribuiu por onde andou.Te amamos”.
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