O velório do teatrólogo, professor e cineasta paraibano Eliézer Rolim está acontecendo desde a meia noite e vai até as 13h desta quinta-feira, 3, na Central Morada da Paz, na avenida João Machado, no Centro de João Pessoa. Depois, o corpo seguirá para o crematório de Emaús, no Rio Grande do Norte. O pedido de Eliézer é para que suas cinzas sejam lançadas ao mar.
Eliézer morreu no início da tarde de ontem (2), aos 61 anos. Ele estava internado no Hospital Nossa Senhora das Neves por causa da Covid-19. A doença causou embolia pulmonar e fez com que ele fosse intubado. Segundo informações de amigos, nos primeiros nove dias de internação, Eliézer não teve sintomas graves, mas a partir do 10º dia, seu quadro se tornou severo e além da embolia, ele sofreu uma parada cardiorrespiratória.
Eliézer Leite Rolim Filho nasceu em Cajazeiras. Era graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal da Paraíba UFPB (1986), tinha mestrado em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia (2001) e atuou na área de cinema como produtor roteirista e diretor. Era ainda membro da Academia Paraibana de Cinema, doutor em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal da Bahia (2010-2013) e realizou Estágio no laboratório Le Cresson na École Nationale de Architecture de Grenoble, na França. Sua pesquisa e trabalho era com temas ligados à espetacularização urbana, teatro, cenografia, “ambiances” espetaculares e espaço teatral.
Recebeu vários prêmios nacionais com a sua produção teatral: Seca, Beiço de Estrada, O Barraco, Até Amanhã, Drops do Halley, Homens de Lua, Trinca Mas Não Quebra, Anjos de Augusto, Sinhá Flor, Como Nasce um Cabra da Peste, Adeus Mamanita, Estrelas ao Relento e Efemérico. Atuou ainda na área de cinema, como produtor, roteirista e diretor, e foi o realizador dos filmes Eu Sou o Servo, O Sonho de Inacim e Beiço de Estrada.