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Uma boa maneira de passar a limpo ruas e redes sociais

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Primeiro turno das Eleições concluído com sucesso. Mais de 200 juízes e juízas conduziram um dos processos eleitorais, especialmente do ponto de vista operacional, mais tranquilos dos últimos tempos.  Estavam preparados para ações guiadas pelo clima de polarização ideológica, intolerância e animosidade com os quais se deparavam todos os dias, nas redes sociais. Ao contrário do que pensávamos e de maneira geral, o que se observou foi o transcurso de um pleito extremamente pacífico, sem intercorrências que maculassem o processo democrático.
Os jovens eleitores não vivenciaram e talvez não consigam imaginar, mas, há muito pouco tempo, o período de propaganda eleitoral deixava seu rastro de sujeira nas ruas, ali perdurando por meses ou até que nova eleição viesse e novamente tomasse conta das nossas vias. Cartazes colados em postes e prédios públicos – muitas vezes rasgados ou cobertos por outros -, outdoors estampando candidatos e suas promessas raras vezes cumpridas, fachadas de casas e prédios inteiramente pintados de cores de partidos, panfletos espalhados nos quatro cantos das cidades.  Enfim, poluição visual de tal monta que reduzia nossas cidades a lixo.
Avançamos. Não vemos mais a população, especialmente a mais humilde, vestir-se de camisetas de campanhas, as vias públicas estão absolutamente livres de bandeiras, cartazes, outdoors e folhetos.
Mas não evoluímos tanto. Estamos sujeitos hoje a uma poluição que contamina não as ruas, mas nossas emoções. A internet passou a ser o palco de toda propaganda reprimida nos passeios públicos e, para além disso, de toda ira, irracionalidade e intolerância que precisamos conter para nos relacionarmos no mundo real, com o mínimo de civilidade. É sempre mais fácil ofender atrás de um teclado, como se o ambiente virtual se tratasse de um mundo paralelo, sem repercussões no natural.
A rede mundial de computadores deu voz à revolta e à indignação que habita em cada brasileiro frustrado por não contar com gestores e representantes cujo trabalho esteja voltado à execução do que vem sendo prometido, a cada eleição.
Vivemos uma enxurrada de propaganda e argumentos marcados pelo ódio e pelo engodo, muitas vezes de responsabilidade de grandes entusiastas ideológicos, também eleitores, que findam por esquecer o que de mais importante há em uma campanha eleitoral: o conhecimento das propostas e dos meios pelos quais seus candidatos as cumprirão.
Em três semanas, o cidadão brasileiro porá um fim nos acirrados debates virtuais, apertando a tecla “confirma”.   A magistratura paraibana, a quem cumpre assegurar que essa manifestação decorra exclusivamente da livre vontade do eleitor, espera que ela também seja consciente. Passou da hora de buscarmos na internet – com a mesma maestria que encontramos memes, vídeos constrangedores e fake news –, os programas e propostas dos candidatos e passá-los em revista. Com até mais facilidade que temos para vociferar e acusar, podemos avaliar “quem” quer fazer, o “que” quer fazer e “como” se propõe a fazer mais e melhor pelo povo brasileiro.
Talvez assim nos aproximemos dos debates que realmente importam ao futuro da nação; os que conduzirão a reformas estruturantes em educação, saúde, emprego, moradia e segurança, sem a odiosa poluição das ruas e das redes sociais.

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