O secretário de Finanças do Estado, Marcus Ubiratan, contestou hoje a declaração dada pelo presidente da Assembleia Legislativa, Arthur Cunha Lima (PSDB), segundo o qual não haveria urgência para apreciar o pedido de empréstimo de R$ 191 milhões feito pelo Governo ao BNDES. Em entrevista à Rede Paraíba, ele disse: "Não sei de onde o excelentíssimo deputado tirou essa informação. O prazo até dezembro é para concluir as obras. Nós temos urgência em aprovar o pedido e assinar o contrato com o banco", disse.
Ainda segundo dados cedidos pelo Secretário, o Governo do Estado chegará ao final do mês com um saldo negativo de R$ 12 milhões. Os cálculos incluem os recursos disponíveis e a previsão de arrecadação com FPE, ICMS, Fundeb, PBPrev e outros, que chegam a R$ 277 milhões. Os encargos com pessoal, dívida fundada, duodécimo, UEPB, custeio do poder executivo e encargos das secretarias correspondem a R$ 289 milhões: "Tenho que cortar R$ 12 milhões porque há mais encargos que arrecadação".
Ele também negou, a exemplo do que já tinha externado mais cedo o deputado Gervásio Filho (PMDB) ao Parlamentopb, que a Cagepa tenha sido dada como garantia ao pedido de empréstimo: A Cagepa jamais poderia ser garantia de empréstimo por vários motivos. Primeiro, porque banco algum gostaria de receber uma empresa como garantia a pagamento. Banco quer saber é de dinheiro. O Governo também não detém a totalidade das ações da companhia".