O presidente Michel Temer (MDB) anunciou o reajuste no Bolsa Família nessa segunda-feira (30), o qual começa a valer a partir de julho. No pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, às 20h30 de ontem, ele elogiou categorias de trabalhadores, incluindo “a mídia, a imprensa livre, que tem o compromisso com a verdade”.
Depois, o Ministério do Desenvolvimento Social informou, em nota, que o reajuste autorizado será de 5,67%. Portanto, o pagamento passa de R$ 177,71 para uma quantia em torno de R$ 187,79.
Temer disse que o 1º de maio não é dia de festa. “Amanhã, o Dia do trabalho, é um dia de reflexão, não é um dia de festa. Nós temos que comemorar a nossa capacidade de trabalho. De resistência, de superação. Só ela vai nos permitir festejarmos amanhã”.
O presidente declarou, ainda, que os desempregados não devem perder a esperança. “E você trabalhador que procura trabalho, não perca a esperança. O Brasil está crescendo, e, a cada dia, estamos criando mais postos e mais oportunidades”.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C), divulgada no final de março, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 13,1 milhões de pessoas estão sem emprego no país.
Temer virou alvo de piadas na internet ao declarar que o salário mínimo será o “maior da nossa história”, haja vista que todo novo reajuste torna a remuneração maior que a praticada anteriormente e que esse aumento obedece à correção pela inflação.
Bolsa Família
O reajuste autorizado para o programa é maior que a inflação. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, a suplementação orçamentária para este ano, para cumprir o reajuste, será de R$ 684 milhões.
“Fizemos um verdadeiro saneamento nos programas vinculados à nossa pasta, com revisões nos benefícios do INSS, como o auxílio-doença, e no próprio Bolsa Família. As ações permitiram que mais pessoas entrassem no programa. Além disso, zeramos a fila de espera e, ainda, aumentamos o valor do benefício”, disse o ministro Alberto Beltrame, no comunicado.
O reajuste cobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado de julho de 2016 a março de 2018 (4,01%), o período em que o benefício não foi reajustado.
Atualmente, o programa contempla 13,7 milhões de famílias em todos os municípios do Brasil.
Com informações da Agência Brasil