Notícias de João Pessoa, paraíba, Brasil

STF suspende julgamento da Lei da Anistia após relator votar

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram

O STF (Supremo Tribunal Federal) suspendeu a análise da ação que questiona a Lei da Anistia após o voto do relator, ministro Eros Grau, que durou quase três horas para ser lido. O relator votou pela manutenção da lei.

A expectativa é que o STF retome o julgamento da matéria nesta quinta-feira. Oito ministros ainda precisam votar. A sessão foi suspensa porque os ministros tinham um jantar marcado com o presidente Lula.

Para Grau, ele próprio uma das vítimas do regime ditatorial –foi preso e torturado nos anos 1970–, a lei foi um grande acordo político que não pode ser revisto. "A anistia seguramente foi bilateral", disse ele em seu longo voto.

Ainda segundo ele, "nem mesmo o Supremo Tribunal Federal está autorizado a reescrever leis de anistia" e que uma eventual revisão teria de ser feita pelo Congresso Nacional.

Segundo Eros Grau, a anistia só não foi "tão ampla" porque não contemplou acusados de crimes como terrorismo, por exemplo, muitos deles punidos ainda na ditadura.

O julgamento foi provocado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), entidade que apoiou a elaboração da Lei da Anistia, em 1979, mas que em 2008 questionou na Corte a extensão da lei e a possibilidade de punir militares que praticaram atos de tortura.

A sessão marcou a estreia de Peluso na presidência do tribunal. Ele substitui o colega Gilmar Mendes que voltou à bancada dos ministros.

Polêmica

O Advogado Geral da União, Luis Inácio Adams, defendeu a manutenção da Lei da Anistia de forma a impedir o julgamento de agentes do Estado acusados de praticar tortura durante a ditadura militar (1964-85). Para ele, a legislação foi um instrumento necessário para a o restabelecimento da democracia no país e que a medida foi "ampla, geral e irrestrita".

A posição da AGU evidencia o racha do governo Lula sobre o tema anistia. O Ministério da Defesa e o Itamaraty também são contrários à alteração da lei. Por outro lado, Casa Civil, Ministério da Justiça e Secretaria de Direitos Humanos defendem a punição de torturadores.

O advogado da OAB, Fábio Konder Comparato, afirmou que a entidade pretende "recompor" o Estado brasileiro.

"[Queremos] recuperar a honorabilidade das nossas Forças Armadas, fundamentalmente maculadas pela sucessão de atos e delitos ocorridos durante o regime militar", afirmou Comparato, ao defender a causa no plenário do Supremo.

 

Folha Online

Tags

Leia tudo sobre o tema e siga

MAIS LIDAS

Arthur Urso leva “esposas” para passear sem roupa íntima na orla de João Pessoa

Professores da UFPB desistem de candidatura e apoiam Terezinha e Mônica

Anteriores

a68f1425-45ad-41cc-9701-b26bf541bd57

Hemocentro altera horário de atendimento em João Pessoa

02-diesel-s500-aditivado-onpetro_-1

Paraíba mantém redução de 50% do ICMS sobre diesel para empresas de ônibus

janaynanunes

Presidente da Comissão de Soridade da OAB reprova declaração de Galdino

anderson-leonardo_widelg-620x450

Anderson Leonardo, cantor do Molejo, morre de câncer aos 51 anos

heronamidi (1)

Amidi pede ao Sebrae-PB 1ª pesquisa de mercado da mídia digital paraibana

Sala de Tribunal

Mulher acusada de jogar filho com deficiência intelectual em cisterna vai a Júri na 2ª feira

Criança tem perna errada operada

Ministério Público instaura procedimento para apurar “erro médico” contra criança em Campina

PF operação contra abuso sexual infantil 2

PF prende acusado de armazenar e compartilhar cenas de abuso sexual contra crianças e adolescentes

TSE sessão 25 de abril de 2024

Ex-secretário de Malta fez transporte irregular de eleitores, confirma TSE

cofeciromulo

Cofeci sugere a Arthur Lira lei que fomente o acesso à locação de imóveis