O sobrinho do ex-prefeito de Bayeux, Expedito Pereira, José Ricardo Pereira, se apresentou hoje à tarde na Central de Polícia e foi preso sob suspeita de ter mandado matar o tio. As prisões se deram depois que Leon Nascimento, outro suspeito de envolvimento no homicídio, celebrou um acordo de delação premiada e contou detalhes sobre o crime. Expedito foi assassinado na rua, em Manaíra, quando foi atingido por dois disparos de arma de fogo efetuados por um motociclista.
Ricardo Pereira era muito querido por Expedito e no dia de seu assassinato chegou a estar na cena do crime como se não soubesse do que tinha acontecido.
Ricardo foi candidato a vereador de Bayeux e obteve 524 votos, apesar de ter sido apoiado por Expedito, não conseguindo se eleger.
Na cidade de Bayeux, comenta-se que o motivo do crime teria sido financeiro.
A Polícia Civil vai conceder às 11h30 desta quinta-feira, 17, uma entrevista coletiva para prestar informações sobre as investigações do homicídio que vitimou Expedito Pereira .
O evento será realizado no auditório da Central de Polícia Civil, no bairro do Geisel , em João Pessoa. Estarão presentes ao encontro os delegados Vitor Melo e Emília Ferraz, que coordenam as investigações, e Luciano Soares, superintendente da Policia Civil da região metropolitana de João Pessoa.
Outro suspeito – Já o corretor de automóveis Gean Carlos, outro suspeito de participação na morte de Expedito Pereira, está foragido depois que foi expedido contra ele um mandado de prisão temporária. A defesa de Gean, a cargo dos advogados Daniel Alisson e Mirella Cristina, afirma que o pedido de prisão seria arbitrário. Eles temem que Gean seja usado como “bode expiatório do caso”.
“A expedição do mandado é arbitraria devido à falta de motivos que o justifiquem. Essa medida foi adotada, apenas e tão somente com o intuito de dar uma resposta à sociedade por parte da Policia Civil, haja vista, o interesse do Govenador do Estado da Paraíba na resolução imediata deste caso. Não existem provas capazes de incriminar o Sr. Gean mostrando assim a total irresponsabilidade por parte dos Policiais Civis que desejam tirar esta responsabilidade de suas costas devido a pressão que estão sofrendo e passar para o Tribunal de Justiça”, disse Daniel.
Segundo os advogados, Gean permanecerá foragido “pois tem a plena convicção de sua inocência”. Argumentam que o cliente nunca teve envolvimento com questões criminais, tem residência fixa, homem de família, integro e trabalhador, tendo uma empresa de venda de veículos.
Os advogados Daniel Alisson e Mirella Cristina explicam que já entraram com pedido de Habeas Corpus e com pedido de revogação de prisão temporária que são as medidas cabíveis no cenário atual. Afirmam ainda que, após a apresentação do seu cliente na Central de Policia, ele ficou assustado com a repercussão do caso e com a exposição de sua imagem, e tomou destino ignorado por seus advogados e familiares.
Além de Jean, os mandados são contra Ricardo Pereira e Leon Nascimento, preso na noite de sábado. As prisões temporárias são relativas ao crime de homicídio qualificado mediante pagamento ou promessa de recompensa ou por outro motivo torpe.