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Sob pressão, Pazuello ganha cargo em secretaria ligada ao gabinete de Bolsonaro

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Brasília — O ex-ministro e general da ativa Eduardo Pazuello foi nomeado como Secretário de Estudos Estratégicos da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos (SAE), órgão vinculado à Presidência da República. A nomeação foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) na tarde desta terça-feira.

A SAE é comandada pelo almirante Flávio Rocha. Pazuello deverá receber um salário de R$ 16.944,90. Esse valor será complementado pelo que o ex-ministro recebe como general da ativa do Exército. A nomeação foi assinada pelo ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos.

Como o GLOBO mostrou nesta terça-feira, a nomeação ocorrere após Pazuello ter blindado o presidente Jair Bolsonaro em seu depoimento na CPI da Covid, no Senado, e dias depois ter comparecido a uma manifestação ao lado do presidente no Rio de Janeiro. Pela participação neste ato, o ex-ministro está respondendo a um procedimento administrativo no Exército e pode ser punido.

No início de maio, antes de prestar depoimento à CPI, Pazuello recusou um cargo na Secretaria-Geral da Presidência. O ato de nomeação chegou a ser assinado pelo ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, mas não foi publicado a pedido do militar. Na época, o general também ameaçou abrir mão da defesa da Advocacia-Geral da União (AGU) na comissão e ser representado por um advogado particular caso não houvesse um pedido de habeas corpus. Com o receio de distanciamento do ex-ministro, Bolsonaro deu aval ao HC.

Ao demitir Pazuello do Ministério da Saúde no final de março, Bolsonaro sinalizou que o nomearia para outro ministério, mas houve resistência. Pazuello voltou ao Exército e foi transferido de Manaus para Brasília. No mês passado, foi oferecida ao militar a Secretaria Especial de Modernização do Estado, ligada à Secretaria-Geral da Presidência. Pessoas próximas ao ex-ministro, entretanto, alegam que ele não está interessado apenas em cargo e não via a secretaria como “uma missão”.

Pazuello prestou depoimento na CPI da Covid há duas semanas. Integrantes do governo avaliaram que o general cumpriu sua missão ao tentar blindar Bolsonaro e evitar expor o governo, procurando redirecionar responsabilidades para ações de estados e municípios. A atuação chegou a ser elogiada pelo presidente em transmissão nas suas redes sociais.

Dias após seu depoimento, Pazuello compareceu a um passeio de moto organizado por Bolsonaro no Rio. O ex-ministro subiu ao palanque e discursou ao lado de Bolsonaro, o que motivou a abertura de um procedimento disciplinar no Exército, já que militares da ativa são proibidos de se manifestarem politicamente em público. Ao apresentar sua defesa, Pazuello afirmou que o ato não tinha caráter político. O argumento foi endossado em público por Bolsonaro. Agora, abe ao comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, definir se general será punido ou não.

 

O Globo Online

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