O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, revelou hoje ter sido informado pela dirigente nacional do PT, Gleisi Hoffmann sobre a saída do ex-governador Ricardo Coutinho da sigla e sua migração para a legenda. Ao mesmo tempo que recebeu com “naturalidade” a desfiliação, Siqueira afirmou que Ricardo não teria motivos para sair do PSB. “Eu fiquei sabendo que ele ia sair num telefonema de Gleisi que me perguntou se haveria algum complicador e eu disse que não e que ela poderia ficar à vontade. Só acho que ele não tem motivos para deixar o partido. Ele conversou comigo e não tratou de desfiliação. Eu apenas senti que ele estava chateado com o deputado Gervásio Maia, que sempre foi solidário a ele”.
Siqueira também comentou a disposição de Ricardo de ser candidato ao Senado e destacou que sua condição de inelegibilidade decretada pelo TSE fez com que o PSB não avalizasse a pré-candidatura. Para Siqueira, as chances da Justiça Eleitoral permitir a candidatura são remotas: “É muito difícil. Dificílimo. É uma situação quase impossível e não se pode apostar numa candidatura em condições tão precárias. A política não pode apostar somente na vontade. Ele sempre foi candidato quando quis no PSB. Ele me pediu para ser presidente da Fundação João Mangabeira e eu tinha mais cinco candidatos. Fiquei ao lado dele quando se desentendeu com João Azevêdo e depois, com Veneziano Vital. Agora, chega! Perdemos um governador e um senador. Não podemos perder mais”.
A entrevista de Carlos Siqueira foi concedida à jornalista Cláudia Carvalho na rádio Band News Manaíra (103,3 MHZ).