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Sindicato repudia Correio por cobrar R$ 67 mil da viúva de Adelson Barbosa

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O Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Paraíba emitiu hoje à tarde uma nota de repúdio ao jornal Correio da Paraíba por ter cobrado da viúva do jornalista Adelson Barbosa, Lúcia Lucena, cerca de R$ 67 mil referentes a mensalidades do plano de saúde do profissional que morreu no dia 27 de junho com câncer no cérebro.

“A empresa, através do setor de Recursos Humanos, perguntou à viúva qual seria a proposta dela para pagar a dívida. Lúcia alegou que não teria condições financeiras de arcar com o valor que lhe estava sendo cobrado e que não achava devida essa cobrança, por se tratar de despesas referentes ao pagamento das mensalidades do plano de saúde, usufruído pelo seu esposo, que, em 2018, contraiu um tumor cerebral, quando ainda desempenhava suas atividades no Jornal. Coincidência ou não, além de seu falecido esposo, outros funcionários da empresa também foram acometidos pela mesma doença. Alguns seguem em tratamento e outros vieram a óbito. Depois dessa primeira conversa, Lúcia tentou por várias vezes receber as verbas rescisórias a que tem direito, sem lograr êxito, mesmo com as tentativas frustradas através de telefonemas”, diz a nota do Sindicato que pode ser conferida na íntegra abaixo:

SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DO ESTADO DA PARAÍBA

NOTA DE REPÚDIO

A Diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Paraíba vem perante a sociedade paraibana repudiar o comportamento insensível e revoltante do Sistema Correio de Comunicação, que tem como lema “Ética e Paixão”. Após o falecimento do jornalista ADELSON BARBOSA, a Sra. Lúcia Lucena, na condição de viúva, foi chamada a comparecer ao Sistema Correio de Comunicação para tratar da homologação da rescisão contratual do esposo, que trabalhou nessa empresa por mais de 28 anos. Chegando ao Sistema, Lúcia deparou -se com uma dívida no valor de R$ 67.111,72, que, segundo a empresa, seria referente ao plano de saúde cujo beneficiário era o jornalista Adelson Barbosa. A empresa, através do setor de Recursos Humanos, perguntou à viúva qual seria a proposta dela para pagar a dívida. Lúcia alegou que não teria condições financeiras de arcar com o valor que lhe estava sendo cobrado e que não achava devida essa cobrança, por se tratar de despesas referentes ao pagamento das mensalidades do plano de saúde, usufruído pelo seu esposo, que, em 2018, contraiu um tumor cerebral, quando ainda desempenhava suas atividades no Jornal. Coincidência ou não, além de seu falecido esposo, outros funcionários da empresa também foram acometidos pela mesma doença. Alguns seguem em tratamento e outros vieram a óbito. Depois dessa primeira conversa, Lúcia tentou por várias vezes receber as verbas rescisórias a que tem direito, sem lograr êxito, mesmo com as tentativas frustradas através de telefonemas. Lúcia lamentou a falta de humanidade e sensibilidade por parte dos dirigentes do Sistema Correio, que, sequer, enviaram uma coroa de flores no dia do seu falecimento. Também lamentou a falta de reconhecimento, por parte dos empresários do Correio da Paraíba, do trabalho exercido por seu marido, um jornalista que dedicou tantos anos de sua vida para proporcionar, com suas matérias exclusivas, rendimentos imensuráveis ao Sistema, cumprindo jornadas de trabalho extremamente exaustivas, sem direito, sequer, às horas extras, adicionais noturnos e domingos trabalhados. Lúcia Lucena, além de chorar a morte de Adelson, lamenta a falta de consideração de uma empresa, que auferiu incontáveis rendimentos, à custa do trabalho fatigante de Adelson Barbosa, um profissional brilhante, não só reconhecido na Paraíba como em nível nacional, que não teve o merecido reconhecimento em vida, tampouco após a sua morte. O Sindicato dos Jornalistas da Paraíba lamenta a perda de um dos melhores Jornalistas do Estado, ao mesmo tempo em que se incorpora à revolta, à dor e à tristeza da família enlutada, que além da perda do seu ente querido, ainda está enfrentando o temor de ser lesada nos direitos que lhe são devidos.

João Pessoa/PB, 18 de agosto de 2020.

A DIRETORIA

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