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Sikêra Júnior questiona solidariedade do Governo e do PT a Sem Terras mortos na PB

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Em mais uma polêmica entre tantas de sua carreira, o apresentador de TV Sikêra Júnior (TV Arapuan) recebeu nesta terça-feira, 11, uma nota de repúdio emitida pelo MST. O motivo foi um comentário feito pelo comunicador em relação ao assassinato de dois integrantes do movimento, José Bernardo da Silva e Rodrigo Celestino, ocorrido na noite do sábado.

No programa da segunda-feira, 10, Sikêra estranhou o volume de notas de solidariedade pela morte dos militantes e também questionou o fato de o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), e a senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, terem ido ao velório de José Bernardo, ocorrido em Mari.

O apresentador comparou as mortes à de um sargento do Corpo de Bombeiros assassinado na guarita do quartel e disse que não houve tanta comoção em relação ao policial.

“Governador, que linda sua ação! Sensacional! Mas eu não lembro de ter visto o senhor ir ao enterro do bombeiro Josélio. Me perdoe se eu estiver errado. Se o senhor foi, eu lhe peço desculpas, mas eu não vi”, disse Sikêra.

Com relação a Gleise, a crítica foi ainda mais dura. O apresentador disse que a senadora teria se deslocado à Paraíba com dinheiro público: “A senhora deveria ter vindo quando os policiais morrem. Mas, não vem ninguém homenagear. Se for do movimento, ninguém solta a mão de ninguém. Isso é custo. Quer apostar comigo que ela [Gleisi] almoça no melhor restaurante de João Pessoa?”, ironizou o radialista.

Ele chegou a sapatear durante o comentário e questionar também se as vítimas eram mesmo trabalhadores sem terra.

Confira a nota

Nota de repúdio à TV Arapuan e ao apresentador Sikêra Jr pelo ataque ao MST e aos demais companheiros

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST – vem através deste documento repudiar a conduta adotada pelo apresentador do programa Cidade em Ação, da Tv Arapuan (Rede TV), Sikêra Jr.

O programa exibido na segunda- feira (10), noticia o assassinato dos militantes do MST, Orlando e Rodrigo, a partir da incitação à violência e cumprindo um desserviço à sociedade paraibana, uma vez que o apresentador promove fakenews.

O assassinato de Orlando e Rodrigo, na noite do sábado (8), no acampamento Dom José Maria Pires, no município de Alhandra, provocou a indignação pelo crime e a solidariedade aos familiares e ao MST, por parte das mais diferentes entidades e representações políticas, como a senadora Gleisi Hoffmann (PT), também atacada pelo apresentador, visto que este acontecimento também é consequência da ascensão do fascismo no Brasil e foi estimulado pela propaganda violenta de Bolsonaro e por redes de comunicação, como a Rede TV, contra o MST.

As duas vítimas eram militantes do MST na Paraíba. Orlando, assentado e produtor do assentamento Zumbi dos Palmares, em Mari, era um militante comprometido com a luta pela terra e com a solidariedade. Rodrigo, acampado no Dom José Maria Pires, em Alhandra, aguardava o acesso ao seu pedaço de chão para produzir aquilo que acreditava, a agroecologia.

O sentimento de luto e a espera por justiça dos familiares, amigos e pelo MST foram atacados pelo apresentador Sikêra Jr, que utilizou a violência na linguagem e se apropriou das imagens das vítimas e do velório de Orlando. Desta forma, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra exige que a TV Arapuan tome todos os procedimentos cabíveis quanto à conduta editorial do programa e do apresentador Sikêra Jr.

É inadmissível que o assassinato de pessoas seja naturalizado ou tripudiado em redes de televisão, que tem concessão pública, por isso exigimos a demissão de Sikêra Jr e a punição da Rede TV e sua filiada, a TV Arapuan, que usam o espaço público para violar os direitos humanos da população paraibana.

Também lembramos que o desvio de conduta ética, na responsabilidade de fazer jornalismo, é uma prática corriqueira adotada pelo programa com os demais grupos marginalizados, não sendo a primeira vez que o programa pratica incitação à violência.

Não ficaremos calados! Em memória de Orlando, Rodrigo, e de todos os companheiros (as) que tombaram na luta por reforma agrária, pela liberdade e contra a criminalização dos movimentos sociais, seguiremos firmes.

LUTAR NÃO É CRIME!

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