O secretário nacional de Proteção Global do governo de Jair Bolsonaro, Sérgio Queiroz, participou na noite desta segunda-feira, 21, do Encontro pela Diversidade Religiosa realizado no auditório da Federação Espírita Paraíba. Ele concedeu uma entrevista ao ParlamentoPB e elogiou a Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, minimizou os efeitos da flexibilização da posse de armas, medida adotada pelo atual presidente e concordou que o termo “direitos humanos” é alvo de muito preconceito no Brasil: “A pauta de direitos humanos é de defesa aos humanos em qualquer circunstância. Temos exemplos de nações européias e dos Estados Unidos que tem flexibilização das armas e não são desrespeitosas aos direitos humanos como outras nações. A matéria é uma questão muito mais ligada à Segurança e o Ministério dos Direitos Humanos vai defender as garantias constitucionais e os tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário”.
Sérgio disse que Damares Alves tem sido apontada como controversa, mas defendeu sua atuação: “Eu não a considero controversa. Acredito que colocaram controvérsias na boca dela. A doutora Damares é uma advogada, antes de ser pastora, tem militado em favor de mulheres exploradas, em favor de crianças, tem sido uma convivência muito boa, embora eu a tenha conhecido na transição. Mas o que eu vejo é uma pessoa extremamente bem intencionada e aberta ao diálogo e que pretende construir pontes com a sociedade, tendo a proteção da mulher e da família como postulados básicos”.
Finalmente, ele concordou que haja preconceito no entendimento dos brasileiros a respeito dos direitos humanos e afirmou que havia um uso ideológico do tema no passado: “O preconceito deve ter sido construído por uma má articulação do conceito, dos limites dos meus direitos frente aos direitos alheios e muita coisa não republicana foi feita em nome dos direitos humanos, mas o nosso interesse é que eles que são garantidos na Constituição Brasileira sejam conhecidos e cumpridos por todos independente de raça, credo, de perfil partidário e ideologia. Pretendemos fazer tudo com muita base científica para que as políticas públicas sejam implementadas a partir de reais violações de direitos humanos. Uma boa política passa por uma base científica e não ideológica do tema”.
Além de Sérgio, participaram do evento os seguintes representantes:
Comunidade Evangélica: Pastor Saulo Ribeiro
Comunidade Muçulmana: João de Deus Cabral
Comunidade Budista: Leandro Durazzo
Comunidade Católica: Euclides Franklin.
Comunidades de Religiões Afro-indígenas: Vanuza Cavalcanti;
Comunidade Espírita: Severino Celestino;
Comunidade Acadêmica: Carlos André Cavalcanti.
Sérgio Queiroz, com o presidente da Federação Espírita Paraibana, Marco Lima e o professor e escritor Severino Celestino.