Notícias de João Pessoa, paraíba, Brasil

Sem terra são libertados depois de prisão que durou 8 horas

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram
Os cinco trabalhadores sem terra, do acampamento 15 de Novembro,que estavam presos desde o início da manhã desta quarta-feira, na delegacia de Santa Rita, foram libertados no fim da tarde, após pagamento de fiança. Eles estão sendo assistidos pelos advogados da Comissão Pastoral da Terra (CPT), e já estão juntos com as demais famílias que se encontram em um ginásio, nas proximidades do acampamento, de onde foram despejados pela Polícia Militar.
 
Segundo o deputado estadual Frei Anastácio, a polícia prendeu os trabalhadores, alegando que eles haviam botado fogo em um dos tratadores que estavam destruindo a plantação do acampamento.
 
A operação de despejo foi realizada nas primeiras horas de hoje, por cerca de 200 policiais com viaturas, homens do pelotão de choque com cães e a cavalo. Eles despejaram 300 famílias do acampamento. “A polícia agiu usando spray de pimenta e agredindo trabalhadores, como se eles fossem bandidos”, denunciou o deputado estadual Frei Anastácio (PT).
 
O parlamentar disse que o acampamento foi criado no dia da Proclamação da República (15/11), em 2013. “Todas as barracas e a plantação que as famílias fizeram foram destruídas pelos tratadores da usina São João, sob proteção do aparato policial. Foram destruídos mais de mil pés de banana, mais de 200 pés de coco, muitos maniva de macaxeira e outras culturas como milho, feijão e melancia. É uma tristeza ver uma cena dessa, no meio de famílias que passam fome”, lamentou o deputado.
 
O deputado criticou o aparato de guerra montado para agir contra famílias indefesas. “Enquanto a violência de alastra no estado, não se vê nenhuma ação assim, com tantos policiais, em busca de drogas e de bandidos assassinos e ladrões. Mas, contra trabalhadores que estão num pedaço de chão tentando colher os frutos da terra para sobreviver, é formada uma verdadeira operação de guerra. Além de queimar e destruir tudo, ainda agiram contra a dignidade das pessoas, com espancamento, palavras ofensivas e invasão de casas humildes”, disse Frei Anastácio.
 
A terra é da igreja – Segundo Frei Anastácio, os acampados são todos do distrito de Livramento, onde moram cerca de três mil famílias. Segundo ele, as famílias receberam terrenos para construir casas, doados pela igreja católica, na gestão de Dom José Maria Pires, quando era arcebispo da Paraíba. “São cerca de 1.000 hectares de terras que pertencem a Arquidiocese da Paraíba e foram griladas pela usina São João. É justamente essa terra que as 300 famílias estão reivindicando. Mesmo assim, a usina entrou com ação de despejo e conseguiu destruir o acampamento”, disse o deputado.

Tags

Leia tudo sobre o tema e siga

MAIS LIDAS

Arthur Urso leva “esposas” para passear sem roupa íntima na orla de João Pessoa

Professores da UFPB desistem de candidatura e apoiam Terezinha e Mônica

Anteriores

Sala de Tribunal

Mulher acusada de jogar filho com deficiência intelectual em cisterna vai a Júri na 2ª feira

Criança tem perna errada operada

Ministério Público instaura procedimento para apurar “erro médico” contra criança em Campina

PF operação contra abuso sexual infantil 2

PF prende acusado de armazenar e compartilhar cenas de abuso sexual contra crianças e adolescentes

TSE sessão 25 de abril de 2024

Ex-secretário de Malta fez transporte irregular de eleitores, confirma TSE

cofeciromulo

Cofeci sugere a Arthur Lira lei que fomente o acesso à locação de imóveis

concurso

MPPB recomenda reabertura de inscrições do concurso de Juripiranga

Trauma de CG 2

Médicos erram e operam perna errada de criança no Trauma de Campina; equipe é afastada

Valdiney Gouveia, eleição

Valdiney Gouveia deseja “sorte e sabedoria” a Terezinha e Mônica

Energia, Consumo de energia

Em tempos de calorão, confira mitos e verdades para evitar desperdício de energia

Sabadinho bom, no centro

Sabadinho Bom deste final de semana vai ter choro e samba com ‘Os Mulatos’