Depois que o Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) interditou eticamente, no inicio da tarde desta quarta-feira (27), a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual Clementino Fraga, a Secretaria de Estado da Saúde emitiu uma nota sobre o episódio. O CRM alega que o contrato com as cooperativas médicas venceu no dia 25, que não haveria médico respondendo pelos plantões e, por isso, novos pacientes não seriam admitidos na unidade.
A secretaria, entretanto, alega que os serviços não serão interrompidos e afirma que "já adotou todas as providências no sentido de manter a escala de plantonistas em plena regularidade".
Confira a nota da Secretaria de Saúde:
A Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba informa que todos os serviços de medicina intensiva do Hospital Clementino Fraga não sofrerão quaisquer interrupções no atendimento e que já adotou todas as providências no sentido de manter a escala de plantonistas em plena regularidade.
A Secretaria informa ainda que o Governo do Estado atualmente remunera cada plantão médico de cooperativas pelo valor de R$ 2.200,00 (dois mil e duzentos reais), não sendo possível atender a solicitação dos especialistas em medicina intensiva de reajustar em mais 15%, considerando que este é acima do valor da inflação e distante da realidade nacional.
Salientamos que não há motivos técnicos e/ou administrativos que justifiquem qualquer tipo de interdição por parte do Conselho Regional de Medicina a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual Clementino Fraga, única e grande referência do Estado para o tratamento de doenças infectocontagiosas.
Dada a importância da unidade de saúde para a população, a Secretaria de Estado da Saúde espera a compreensão e o apoio do Conselho Regional de Medicina.