Também conhecida como insuficiência cardíaca congestiva, a insuficiência cardíaca ocorre quando o coração não está bombeando sangue suficiente para atender às necessidades do corpo. Conforme dados da World Heart Federation, até 2030 o número de casos de insuficiência cardíaca deve aumentar em até 25%. Isso se deve ao aumento de fatores de risco como obesidade, hipertensão arterial sistêmica e diabetes, somado ao maior envelhecimento da população e ao aumento da sobrevida dos portadores de doenças cardiovasculares, a exemplo de cardiopatias congênitas e cardiopatia isquêmica.
Dentre os principais fatores de risco para insuficiência cardíaca, estão: pressão alta (hipertensão); ataque cardíaco (infarto do miocárdio); válvulas cardíacas anormais; elevado consumo de álcool; anemia; irregularidade no ritmo cardíaco; doenças cardíacas congênitas; histórico familiar de doença cardíaca; e diabetes. Quem morou em locais onde há predominância de doença de Chagas também deve ficar sempre atento.
Popularmente conhecida como “doença do coração fraco”, a insuficiência cardíaca se manifesta por meio de falta de ar, fadiga e inchaço dos pés e pernas; sinais importantes que devem ser valorizados. Ou seja, não é uma cardiopatia silenciosa; ela dá sinais. No Brasil, cerca de três milhões de pessoas sofrem com essa condição clínica.
Ao acarretar uma quantidade insuficiente de sangue em todos os órgãos do corpo, a insuficiência cardíaca pode resultar na concentração de líquido em alguns locais, como pernas, pés, e em órgãos como pulmões ou intestinos, causando um inchaço nessas regiões, chamado de edema ou inchaço.
Por isso, é necessário que as pessoas prestem atenção aos sintomas citados. Se o indivíduo identifica algum deles e já tem alguma doença cardíaca, deve procurar o médico, porque se for mesmo a doença, o quanto antes iniciar o tratamento, mais eficaz ele será. Quando a causa é conhecida, atuar na origem pode ajudar no tratamento. Um exemplo disso é o controle da pressão arterial, que por si só pode levar à insuficiência cardíaca. O controle pressórico é essencial para prevenir a insuficiência, bem como quando instalada, manter a pressão controlada pode diminuir a progressão da doença.
O tratamento da “doença do coração fraco”, também deve incluir ingestão limitada de sal e de líquidos, além do uso de outros medicamentos a depender da gravidade da insuficiência cardíaca. Caso não haja adesão ao tratamento medicamentoso, o paciente enfrentará consequências, como piora na evolução da doença, redução das capacidades funcionais, menor qualidade de vida, aumento do uso de recursos médicos, desperdício da medicação, visitas hospitalares e reinternações frequentes.
Formas de prevenção da insuficiência cardíaca
– Faça check up anualmente, especialmente se estiver em grupo de risco (diabéticos, hipertensos, tabagistas, mulheres pós-menopausa, colesterol elevado);
– Adote uma alimentação saudável: pouco sal, sem frituras e mais frutas, verduras e legumes;
– Pratique atividades físicas: faça uma caminhada diária de pelo menos 30 min, você previne diversas doenças cardíacas e a obesidade;