O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), não fez segredo sobre seu sentimento em relação à vice-governadora, Lígia Feliciano (PDT). Ele afirmou, durante entrevista à TV Master, na noite da última segunda-feira, 16, ter temido “um desmonte” da gestão caso tivesse renunciado e permitido que a esposa de Damião Feliciano (PDT) o sucedesse na chefia do executivo estadual:
“Sempre tive uma relação de muito respeito com a vice-governadora. Eu não tinha percebido qualquer ação que pudesse desestabilizar o governo, mas confesso que nos últimos tempos algumas coisas me chamaram a atenção como uma certa “lua de mel” com aqueles que me fazem oposição tanto na mídia quanto na política na perspectiva de ascenção da vice-governadora ao cargo. Mas, me chamou a atenção a empatia do senador que me faz oposição e sempre buscava criar um elo da suposta chegada da vice-governadora ao governo. A outra coisa é que nesse meio não tem inocente. Quando eu comecei a perceber, como é que eu que fui eleito poderia achar que faltando nove meses para o encerramento do governo eleito a Paraíba teria outro governo? por que a Paraíba teria que passar por esse desmonte. A constatação que eu tive é que eu saindo num dia, no outro teríamos um governo completamente diferente e eu não teria condição moral nem ética de fazer isso com a Paraíba”, disse o socialista.
Ao ser questionado sobre uma eventual necessidade de foro privilegiado, Ricardo disse que não responde a processos: “Eu não respondo a processos. Por que eu vou temer isso? A única coisa que a oposição faz é tentar me caluniar do ponto de vista pessoal. Eu sou vítima de calúnias, injúrias e difamação e só posso recorrer à Justiça. Não tenho mais a quem recorrer. Mas, ao mesmo tempo é uma vitória moral minha porque eu governo há oito anos e ninguém pode dizer que há desmando financeiro. Não há qualquer denúncia sobre isso. O que fizeram foi uma bobagem: uma grande mídia que sinceramente deveria ter vergonha de pautar uma viagem minha ao presidente Lula em Curitiba. Eu fui e disse que fui como governador de Estado que tem uma postura política. Ninguém me coloca em constrangimento por isso. Não é por causa de R$ 1.100 que eu poderia pagar. Não se pode passar uma ideia equivocada do que há. Quem está tentando me colocar em processo por denunciação caluniosa será é processado por mim. Estou esperando meu tempo, como diz em Eclesiastes, há tempo para tudo”, arrematou.
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