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Release não é obra de arte, é peça sem aura mesmo

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Outro dia, eu estava em casa e falei para mim mesma: Eita, ainda tenho que liberar o release! Meu filho adolescente, que estava ali do lado, ficou rindo e repetindo: “Liberar o release”, “Liberar o release”. Em inglês, release é liberar — ou seja, “liberar o release” pode mesmo soar estranho; em português, é um texto informativo sobre uma instituição privada, órgão público ou personalidade para ser distribuído à mídia.

“Notícia do ponto de vista da instituição”, como registra o dicionário Rabaça, o release foi considerado rei por muito tempo, mas hoje perdeu um pouco do status — ou melhor, do espaço que antes era todo seu — para outras ferramentas de contato com a imprensa em busca de mídia espontânea.

A lauda informativa com algumas dezenas de linhas ainda cai bem na redação, mas não funciona tanto, por exemplo, com um influenciador digital. Nesse caso, as agências precisam investir em outras ações de relacionamento: um mimo personalizado e um cartãozinho com poucas linhas, destacando os atributos que se deseja enfatizar, terão mais potencial de emplacar o cliente no feed/story da personalidade digital do que o textão oficial. É fato. E tem muita agência de comunicação dando show por aí quando assunto é ir além do nosso conhecido (e antigo) release.

Mas o release não morreu. É usado para informar sobre um novo serviço no hospital, anunciar uma medida administrativa, divulgar um edital de concurso público e outras muitas pautas que queremos “vender” aos jornalistas. Sim, releases (ou relises como alguns colegas gostam de escrever) ainda funcionam — mas será letra morta se o seu mailing estiver desatualizado. 

Agora, o que fazer quando o release não quer sair do forno? Explico: você tem todos os dados, gravou a declaração que precisa, todas as informações estão à sua disposição, mas o danado não fica bom de jeito nenhum! Sei que o “meu” release não está pronto quando coloco um parágrafo para cima, outro para baixo, mudo as declarações de posição, troco os verbos dicendi (falar, dizer, declarar, afirmar…) e tudo fica na mesma: ruim. Às vezes, péssimo! 

O prazo de envio está quase expirando e eu lá, sofrendo. Leio, releio, e começo a jogar Rummikub de novo com o texto: encaixa essa peça aqui, outra ali, será que agora dá certo? Ainda não! Dou uma volta, bebo um copo d’água, leio o texto novamente, mudo mais um parágrafo outra vez e… voi lá! Agora foi. Release pronto, hora de liberar (liberar release, mãe????). 

Cá entre nós: quando o release passa por esse processo todo de cozimento, fica pronto, mas longe de estar no ponto! O ideal mesmo seria começar tudo de novo, mas a falta de tempo, a pouca inspiração e o excesso de estresse não ajudam. E quer saber? Release não é obra de arte, é peça sem aura mesmo. E todo assessor tem seu dia de texto ruim também. Às vezes, um atrás do outro. 

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