Quatro pacientes, sendo dois homens e duas mulheres, deram entrada no Hospital de Trauma de Campina Grande desde a última quarta-feira, 27, por causa de picadas de cobras. Em todos os casos, as vítimas são da zona rural e foram mordidas por jararacas, serpentes que costumam sair no fim da tarde e à noite tendo movimentação maior na estação chuvosa.
Os pacientes são uma mulher de 20 anos da cidade de Remigio e outra de 48 anos de Piancó, além de um homem de 31 anos de São João do Tigre e outro, de 74 anos que chegou ao hospital procedente de Alcantil.
As duas mulheres já deixaram a ala vermelha e estão em leitos de enfermaria no Trauma de Campina, enquanto o homem de 31 anos tem previsão de alta para hoje.
A médica Germínia Venâncio explicou que é importante um socorro rápido às vítimas para diminuir os efeitos do envenenamento. Ao chegar no Hospital de Trauma, os pacientes passam por exames laboratoriais e recebem o soro antiofídico.
“Não devem ser usados torniquetes nem garrotes, nem colocar nada no local da picada. Alguns pacientes ingerem bebida alcóolica achando que vai cortar o veneno, mas isso é fantasia e dificulta até a avaliação clínica do paciente”, explicou a médica.
Ela acrescentou que a identificação do tipo de cobra também é importante para que o tratamento seja eficaz: “Se puderem fotografar ou trazer o animal facilita muito a identificação dele e o tratamento do paciente”.
O Trauma de Campina Grande dispõe de soro para mordida de jararaca, cascavel e coral.
O vídeo a seguir foi gravado pela assessoria do Trauma com a médica Germínia Venâncio na quinta-feira, quando o quarto paciente ainda não tinha sido encaminhado ao local.