Lideranças do PSB querem resolver de forma definitivas os impasses com o PT até a próxima semana. A pressa é justificada pela proximidade com as convenções, que se iniciam em 20 de julho, quando decisões finais devem ser tomadas. Ainda há indefinições na Paraíba, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
O presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira, afirmou a interlocutores que não vai interferir nos diretórios estaduais e quer que seus correligionários resolvam as questões no âmbito local.
Na Paraíba, o ex-governador Ricardo Coutinho (PT), que quer ser candidato ao Senado, continua inelegível. A aposta no PSB é de que o PT acabe cedendo por falta de opção.
Ricardo é pré-candidato ao Senado pelo PT e apoia a pré-candidatura de Veneziano Vital do Rêgo (MDB) ao governo, que conta com o apoio de Lula. O ex-presidente, por sua vez, tem como vice o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), do mesmo partido do governador João Azevêdo, que disputa a reeleição.
No Rio Grande do Sul, o ex-deputado Beto Albuquerque (PSB) tenta costurar uma aliança com o PDT, para ganhar musculatura na disputa. Nesse caso, ele foi liberado para abrir palanque tanto para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quando para o ex-ministro Ciro Gomes (PDT). Segundo relatos, Albuquerque tem dito dificuldade em avançar nas conversas e, caso não se concretize o acordo, ele deve deixar a disputa.
O nó mais complicado é no Rio de Janeiro, onde André Ceciliano (PT) e Alessandro Molon (PSB) querem ser senador. Siqueira entende que, como presidente do diretório no estado, Molon tem direito a manter sua candidatura e que o apoio a Marcelo Freixo ao governo foi selado pelo próprio Lula sem exigências de contrapartidas.
Considerando a retirada do ex-governador Márcio França da corrida em São Paulo, os socialistas avaliam ter crédito para, ao menos, manter os dois nomes na disputa fluminense.
Com Folha Online