A Delegacia Geral de Polícia Civil da Paraíba emitiu hoje uma nota de desagravo público aos policiais civis paraibanos que foram ofendidos pelo procurador federal no estado do Rio Grande do Norte, Marcelo Raposo de França, na tarde da última quarta-feira, 30, em frente ao prédio da 10ª Delegacia Distrital, em Tambaú. Marcelo havia sido detido por perturbação e embriaguez em um estabelecimento comercial da orla de João Pessoa e xingou o delegado e os agentes plantonistas, como pôde ser conferido em um vídeo compartilhado nas redes sociais.
"A abertura de inquérito policial foi determinada por esta Delegacia Geral para a apuração da conduta do servidor público federal, que atingiu a honra de mais de 1.800 integrantes do Grupo de Polícia Civil (GPC). Ainda serão comunicadas formalmente a Corregedoria Geral da Advocacia da União e a Procuradoria da União para as providências cabíveis", diz a nota que pode ser conferida na íntegra, a seguir.
Nota de Desagravo Público
A Delegacia Geral de Polícia Civil da Paraíba, com base no artigo 132, I, alínea ‘b’, da Lei Complementar 85/2008 (Lei Orgânica da PC/PB), desagrava publicamente todos os Policiais Civis, especificamente Delegados e Agentes de Investigação, desrespeitados e atingidos por palavras de baixo calão desferidas por Marcelo Raposo de França, procurador federal no estado do Rio Grande do Norte.
O fato aconteceu no dia 30 de abril deste ano, em frente ao prédio da 10ª Delegacia Distrital, em Tambaú, Capital, depois que o Boletim de Ocorrência Eletrônico nº 24/2014 foi registrado contra Marcelo França por perturbação e embriaguez em um estabelecimento comercial da orla de João Pessoa. As agressões aos policiais civis foram registradas em vídeos amplamente divulgados nas redes sociais e, somente por meio dos quais, a equipe da delegacia tomou conhecimento das ofensas.
A abertura de inquérito policial foi determinada por esta Delegacia Geral para a apuração da conduta do servidor público federal, que atingiu a honra de mais de 1.800 integrantes do Grupo de Polícia Civil (GPC). Ainda serão comunicadas formalmente a Corregedoria Geral da Advocacia da União e a Procuradoria da União para as providências cabíveis.
A Polícia Civil do Estado tem amplos serviços prestados aos cidadãos paraibanos e só no ano de 2013 realizou 33 mil procedimentos policiais, entre instauração de inquéritos e termos circunstanciados de ocorrência, o que resultou na prisão de mais de 2 mil pessoas. Segundo pesquisa divulgada pelo Ministério da Justiça, a instituição também foi considerada a mais bem avaliada do país em satisfação no atendimento e terceira do Brasil em grau de confiabilidade.
Por fim, a Delegacia Geral de Polícia Civil lamenta o ocorrido e reconhece que a atitude desse servidor público federal foi um comportamento isolado, que não representa o posicionamento da instituição a qual ele pertence.
João Pessoa, 02 de maio de 2014
Isaías José Dantas Gualberto
Delegado Geral em Exercício