Problemas psiquiátricos enfrentados por Fabiano Gomes foram determinantes para que o radialista fosse encaminhado para a prisão no presídio PB1 e não para o presídio do Róger, para onde são recolhidos os presos provisórios.
A defesa do comunicador tentou mantê-lo na carceragem da Polícia Federal, mas não teve seu pedido atendido durante a audiência de custódia realizada na tarde desta quinta-feira (23), que foi conduzida pelo juiz Adilson Fabrício Gomes Filho.
O juiz disse que a manutenção de Fabiano na delegacia da PF ou até mesmo em uma delegacia da Polícia Civil causaria transtorno ao bom andamento da instituição.
Por outro, ressaltou o magistrado, verificando que existem problemas de saúde, como foi alegado pela defesa, enviar o radialista para o Róger poderia causar problemas na saúde dele e em sua segurança, como a própria defesa de Fabiano alegou.
“Diante de tal fato eu determino que ele seja recolhido no PB1”, determinou
A defesa solicitou também que fosse recomendado ao diretor da unidade prisional para que Fabiano ficasse na enfermaria.
“Ele tem acompanhamento permanente de um psiquiatra, faz uso permanente de medicamentos pra saúde no que diz respeito a diabetes e a própria função de depressão, de distúrbios”, disse o advogado.
O juiz também não acatou o pedido, mas determinou que se houver necesssidade o diretor do presídio pode recolher Fabiano na enfermaria do PB2.
Fabiano Gomes foi preso preventivamente na manhã de ontem (22), por determinação do relator do processo, desembargador João Benedito da Silva, por descumprir uma das medidas cautelares impostas na decisão decorrente da deflagração da 2ª fase da Operação Xeque-mate, no dia 13 de julho de 2018. A medida descumprida foi a de comparecimento periódico em Juízo, entre os dias 1º e 10 de cada mês, para informar e justificar suas atividades. Fabiano Gomes estava recolhido na sede da Polícia Federal, em Cabedelo, onde passou à noite.
A Operação Xeque-mate foi deflagrada no dia 3 de abril de 2018 pelo Departamento de Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público do Estado da Paraíba, por meio do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco). A investigação concluiu pela existência de uma organização criminosa na qual agentes políticos e servidores públicos do Município de Cabedelo estariam envolvidos.