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Pró-reitor defende eleição em turno único na UFPB como reação ao risco de intervenção

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O professor Francisco Ramalho de Albuquerque, Pró-Reitor de Gestão de Pessoas da UFPB, defendeu em um artigo divulgado hoje no ParlamentoPB a tese de eleição em turno único para a reitoria da instituição. No texto, ele faz um “apelo à honestidade intelectual e à razão” ao argumentar que “não há tempo hábil para que a eleição ocorra em dois turnos”. O dirigente pondera ainda que “se for adotada a paridade, a lista dos candidatos a Reitor volta. E sendo devolvida, com ela vêm a intervenção e o interventor, com todas as consequências negativas, advindas de um ato de força”.

Confira a íntegra do artigo de Francisco Ramalho

EM DEFESA DA UFPB E DA DEMOCRACIA
APELO À HONESTIDADE INTELECTUAL E À RAZÃO
Por Francisco Ramalho de Albuquerque

As palavras democracia e autonomia, da forma como vêm sendo postas e repetidas à exaustão até por pessoas que verdadeiramente as exercitam, escondem uma possibilidade concreta de materializar o inverso do que representam, com grave dano à UFPB.

Disseminadas com o objetivo de contar a história de forma inversa, buscam colar a imagem irreal de golpista naqueles que, de fato, trabalham para impedir o pior – a intervenção e o interventor.

Ora, é do conhecimento de todos que historicamente defendemos a democracia e a autonomia universitária. Essa gestão foi eleita duas vezes exatamente por essa prática. Na ampla coalizão que nos apoia, aqueles que são dirigentes universitários foram todos eleitos democraticamente. Portanto, esse manequim não cabe em nenhum de nós.

O bom senso mostra que não há tempo hábil para que a eleição ocorra em dois turnos, considerando o rito, instrução processual e a data improrrogável de envio ao MEC da lista tríplice com os nomes dos candidatos mais votados para o cargo de Reitor, escolhidos pela comunidade universitária. Vivemos um momento atípico que nos impõe limites.

Além disso, a eleição em dois turnos, ao final, colocaria só dois candidatos na disputa. Essa situação levaria os Conselhos Superiores à formação da lista tríplice com um nome que não participou da eleição, portanto, que não foi votado. Nesse caso, fatalmente, haveria a devolução da lista por ferir a legislação vigente. Aí sim, seria maculado o processo. Insistir seria uma espécie de danem-se a UFPB e a democracia. Convenhamos, há uma correlação de forças adversa que não permite aventura.

Então, a racionalidade diz que o princípio democrático está plenamente intacto na eleição em um turno. Portanto, zero de perda para democracia. A composição de lista tríplice em vários órgãos é realizada em uma única votação. E isto não a torna menos democrática.

É de domínio público que o peso do voto está definido na LDB, com 70% para professores, e 30% a ser dividido entre técnico-administrativos e estudantes. E isso é um fato consumado. Não há como alterá-lo. Sabemos todos que, se for adotada a paridade, a lista dos candidatos a Reitor volta. E sendo devolvida, com ela vêm a intervenção e o interventor, com todas as consequências negativas, advindas de um ato de força. Há uma legislação a ser seguida, que só pode ser mudada em outra instância.

Por outro lado, todos sabemos que há garantia de segurança total para realização da eleição. A Superintendência de Tecnologia da Informação tem capacidade operacional, administrativa e tecnológica reconhecida. Haverá o suporte jurídico da PF-UFPB e o acompanhamento de observadores externos. Todos os esforços serão empreendidos para que a eleição ocorra democraticamente. Tudo será feito observando a legalidade exigida como forma de se evitar retrocesso.

Por tudo isso, deve ser tarefa de cada um de nós evitar que ocorra qualquer tipo de postergação e descumprimento do que diz a legislação em vigor. Temos compromisso com a causa maior da UFPB. Se uma minoria mobilizada busca impedir que se ouça a voz da razão, a maioria, articulada, com a cautela e a sobriedade necessárias, fará prevalecer a lucidez.

Então, o momento nos pede tranquilidade, paciência e racionalidade, mas também a firmeza e o rigor dos que têm compromisso com a UFPB. A participação de todos os que querem o bem da universidade evitará que seja formada uma opinião distorcida, junto à comunidade universitária e à sociedade paraibana, sobre as pessoas, a gestão e a UFPB, a partir de uma narrativa que não se sustenta em fatos.

Por fim, é com essa disposição de resistir que reiteramos: há um elo comum que nos entrelaça de forma irreversível – o compromisso com a educação e com a democracia

Definitivamente, a inteligência universitária acredita que essa opção preferencial e esse estado de espírito têm mantido a Universidade viva, inclusiva, democrática, gratuita e socialmente comprometida, da qual não abrimos mão.

TODO RESPEITO À UFPB E A TODOS OS QUE NELA TRABALHAM!
INTERVENÇÃO, NUNCA!
INTERVENTOR, JAMAIS!

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