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Pró-reitor da UFPB defende Margareth e aponta plano endiabrado para desgastá-la

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O pró-reitor de Gestão de Pessoas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Francisco Ramalho de Albuquerque, emitiu uma nota pública na qual defende a reitora Margareth Diniz da tentativa de associá-la ao crime que vitimou o estudante Clayton Tomaz, assassinado no dia 6 deste mês. O texto, aliás, aponta outros episódios de crise ocorridos recentemente e que, segundo ele, teriam a finalidade de prejuizar a gestão de Margareth. Em sua narrativa, Francisco cita a greve de fome realizada em 2016. “O artifício era o de enganar e provocar a comoção da comunidade universitária, fazendo-a crer que o motivo era a fome. Na verdade, através de um ato extremo se buscava galvanizar insatisfações para agrupar correntes num arco de forças, de modo a levá-las a agir separadamente e/ou em bloco, com o objetivo de criar um ambiente de desgaste da gestão, cujo objetivo esfíngico, se revelado, desconstruiria o endiabrado plano”.

Confira a nota na íntegra:

UMA REFLEXÃO NECESSÁRIA

A História se repete, a primeira
vez como tragédia
e a segunda como farsa.
Karl Marx.

VIOLÊNCIA NUNCA MAIS
DIREITOS HUMANOS PARA TODOS

Em uma tentativa de associar à gestão da UFPB a um caso policial específico, que está na esfera judicial, no escuro da noite, um agrupamento de pessoas invadiu a Reitoria e depredou o patrimônio público.

Portas arrombadas, vidraças quebradas, bebedouros danificados, divisórias destruídas, salas invadidas, armários violados e documentação escangalhada foi o saldo negativo deixado pelo rastro de destruição do crime praticado organizadamente.

Na manhã seguinte, o mesmo grupo foi ao CONSUNI com o objetivo de intimidar os Conselheiros e desrespeitar a Reitora. A ação recente teve motivação idêntica à da invasão ocorrida no ano de 2016. Agora, se chega ao cúmulo de atribuir injustamente responsabilidade à gestão, por assunto que tramita em outra instância, através de narrativa falsa, que encobre um desejo inconfessável.

PERSONAGENS DO PASSADO EMBARALHADOS AO PRESENTE

Numa manhã daquele ano, quatro grevistas iniciam uma ação inusitada. Sem nenhuma pauta de reivindicação, primeiro, numa atitude de autoviolência, se acorrentam ao corrimão da rampa de acesso à Reitoria. Depois, também como autopunição, anunciam o ato extremo de privação alimentar, quando um deles nunca havia solicitado ajuda à Pró-Reitoria de Assistência Estudantil, e outros dois gozavam o benefício da gratuidade no Restaurante Universitário. O artificialismo da narrativa e atitude abriam mão da fome pela verdade.

O TRATAMENTO DA REITORIA

Mesmo sem compreender o inadequado procedimento de iniciar uma greve para somente depois dialogar, solicitamos uma pauta de reivindicação e providenciamos acompanhamento médico aos que faziam greve de fome, inclusive, com plantão nos sábados e domingos.

Na sequência, após retornar de Brasília, a Reitora Margareth Diniz, acompanhada de Pró-Reitores, entregou documento com respostas concretas para o atendimento das reivindicações dos manifestantes. Na ocasião, nos colocamos, mais uma vez, à disposição dos grevistas para continuidade do diálogo na busca de solução definitiva ao impasse imposto.

Passados quatro dias – isto porque o Gabinete da Reitoria permaneceu de plantão no sábado e domingo -, não houve resposta dos manifestantes ao documento apresentado. Eles não queriam solução. Desejavam estender ao máximo o desgaste da gestão, para atingirem objetivo que não revelam, mas salta aos olhos.

ESTRATÉGIA E METODOLOGIA

Fomos, no mínimo, seis vezes ao local. E todas as vezes recebidos de forma desrespeitosa. Prevaleciam o acinte, o deboche, a ofensa verbal, palavras e atitudes grosseiras, totalmente incompatíveis com a interlocução madura, objetiva e civilizada. Máquinas fotográficas, câmeras de filmagens e celulares, roçando os nossos rostos, eram usados como instrumentos de intimidação e provocação, numa atitude de agressão inaceitável adotada pelos ditos apoiadores dos grevistas, num desrespeito flagrante às autoridades constituídas.

Havia uma estratégia em curso: o artifício era o de enganar e provocar a comoção da comunidade universitária, fazendo-a crer que o motivo era a fome. Na verdade, através de um ato extremo se buscava galvanizar insatisfações para agrupar correntes num arco de forças, de modo a levá-las a agir separadamente e/ou em bloco, com o objetivo de criar um ambiente de desgaste da gestão, cujo objetivo esfíngico, se revelado, desconstruiria o endiabrado plano.

Todavia, isso ruiu quando irrompeu a violência dos manifestantes, perpetrada no seu ápice, através da agressão verbal e física à Reitora da UFPB, invasão da Reitoria, depredação do patrimônio público e privação de liberdade da dirigente máxima da instituição, juntamente com a sua filha especial, fato que a comunidade universitária e a sociedade paraibana repudiaram com veemência.

Dialogar, dialogar, dialogar. Exaustivamente. Esse foi o caminho trilhado por nós. No final, a inteligência superou a violência. A truculência não poderia se sobrepor às atitudes de tolerância e convivência pacífica com o diferente e divergente, à educação, ao equilíbrio e à busca da institucionalidade maculada.

À época, e agora também, por um momento, houve uma inversão total de valores em falas equivocadas de representantes de segmentos da comunidade universitária, que transformavam agredida em agressora. Houve uma lógica perversa de justificar o injustificável, sob a alegação de arroubo juvenil, numa parcialidade descabida, escancarada pela visível composição formada pelo agrupamento, que incluía até alienígenas, sem vínculo com a UFPB. Havia uma inteligência articulada orientando e dando anteparo a ofensiva. Após as agressões e atos de vandalismo, entidades e entes que se dizem defensores dos direitos humanos e da universidade emudeceram diante da violência e da depredação do patrimônio público. Assumiram a inaceitável postura de calar diante da barbárie. Agora estão nus pela própria contradição. Não deve haver direitos humanos de mão única.

A HISTÓRIA SE REPETE PELA SEGUNDA VEZ

Os atos e agressões ocorridos nestes últimos dias repetiram o vandalismo do passado. Um agrupamento, mesmo pequeno, fora de si grita em letras garrafais nas paredes da Reitoria: UFPB ASSASSINA. Parece desconhecer as conquistas de sua própria Universidade nos campos da pesquisa, da extensão, do ensino e da inovação. Deseja criar uma imagem irreal de uma UFPB violenta. Celerado, parte para violência, real e nas redes sociais. Na prática, ataca não só os gestores da instituição, mas o conjunto de técnico-administrativos, docentes e estudantes, cujo trabalho de excelência é ofertado gratuitamente à população paraibana.

Basta! Todas as medidas legais e regimentais devem ser tomadas para preservar as pessoas e a UFPB. Vamos fazer uma corrente do bem. Do compromisso institucional. Da não exposição da Universidade. Acreditamos sempre no bom senso, na educação, no respeito e zelo pela instituição e pelos segmentos que compõem a comunidade universitária. Todos nós devemos nos posicionar e agir institucionalmente, sob pena de se repetirem atos de violência contra gente e instâncias democráticas de deliberação coletiva da nossa instituição.

Toda solidariedade à Reitora e à UFPB.

João Pessoa, 23 de fevereiro de 2020.

Francisco Ramalho de Albuquerque

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