O advogado Gabriel Bulhões foi preso na tarde ontem no Posto da Polícia Rodoviária Federal de Mamanguape quando se deslocava de Natal para João Pessoa onde faria uma palestra. A confusão começou quando Gabriel foi abordado e os agentes da PRF verificaram que havia atraso no licenciamento do carro. Para o que aconteceu depois há duas versões. Uma delas é que ao ser abordado, o advogado teria se oposto ao cumprimento das normas citadas pelo agente da PRF e por isso teria sido preso.
A outra é de que o advogado tinha os comprovantes de pagamento, mas mesmo assim o carro não foi liberado.
Ele então teria pedido uma declaração da PRF dizendo que não iria liberar o carro, o que teria sido negado. Ele então teria começado a filmar, quando recebeu ordem de prisão .
Em seu perfil no Instagram, o advogado Sheyner Asfora disse que a prisão de Gabriel foi indevida e os procedimentos adotados pela PRF, “inadequados”. “A advocacia paraibana está solidária a Gabriel Bulhões. Tenho certeza que a verdade virá à tona”.
Já a inspetora Keila Melo, da PRF-PB, afirmou que a equipe policial estava fazendo uma fiscalização de rotina quando verificou que o licenciamento do veículo de Gabriel era de 2017. “Isso é uma infração de trânsito que gera a retenção do veículo. Ele não aceitou a infração, mas a norma vigente deve ser aplicada para todo cidadão. Ele tentou fazer o pagamento dos débitos pendentes, mas o veículo só pode ser retirado depois de haver baixa no sistema. O pagamento feito por ele não é automaticamente computado e, por isso, o carro não pôde ser liberado”.
Keila salientou que não houve abuso de autoridade, mas resistência por parte do advogado que responderá por “opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio”. A pena neste caso é detenção, de dois meses a dois anos.