Antônia Fontenelle vai prestar depoimento nesta sexta-feira, 20, depois de ter sido intimada pela 16ª DP (Barra da Tijuca) em um inquérito que apura o suposto crime de preconceito de raça. O procedimento foi aberto pela Polícia Civil da Paraíba depois que ela, ao se posicionar sobre as agressões de Iverson de Souza Araújo, o DJ Ivis, contra a ex-mulher Pamella Holanda, chamou o músico de “paraíba”, e ao ser criticada por causa disso, disse ser uma “expressão” para quando alguém faz “paraibada”. Nesta quarta-feira, 18, ela concedeu uma entrevista ao “Já é Podcast” e criticou a abertura de processo contra ela.
“A imprensa inteira me procurou querendo saber desse inquérito que eu vou depor, que o pessoal da Paraíba resolveu imputar um crime racial em mim. Estão fazendo sensacionalismo com o meu nome, politicagem, sei lá o que é. Não vou ter medo, porque contra fatos não há argumentos. Se tem uma coisa que eu não sou é homofóbica, misógina, racista. Tive dois maridos negros, tenho um filho negro, sabe? Noventa e oito porcento dos meus amigos são gays. Então, pode falar o que quiser”, comentou Fontenelle.
Ela será ouvida na manhã desta sexta-feira pelo delegado Leandro Gontijo de Siqueira Alves.
Após a postagem de Antônia, houve intensa rejeição em todo o país por causa do uso da expressão “paraíba” e, diante disso, a blogueira voltou a falar do assunto: “Esse bando de desocupado aí da máfia digital que não tem nada o que fazer. Se juntaram para agora me acusar de xenofobia. De novo? Não cola! Já tentaram me acusar de xenofobia. (…) Porque eu falei ‘esses paraíbas’ quando começam a ganhar um pouquinho de dinheiro acham que podem tudo. ‘Paraíba’eu me refiro a quem faz ‘paraibada’, pode ser ele sulista, pode ser ele nordestino, pode ser ele o que for. Se fizer paraibada, é uma força de expressão”, disse a atriz em um vídeo.