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Presos faziam cotas para comprar celulares até R$ 50 mil de agentes penitenciários

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Apenados do PB1 faziam cotas para comprar celulares vendidos até R$ 50 mil por agentes penitenciários. Dois agentes e duas mulheres civis, além de três detentos, estavam envolvidos nesse processo, que foi desbaratado hoje durante a “Operação Black friday” desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado do Ministério Público Estado da Paraíba (Gaeco/MPP), a Delegacia Especializada no Combate ao Crime Organizado (Deccor) e a Gerência de Inteligência e Segurança Orgânica da Secretaria de Administração Penitenciária (Gisop/Seap).

Através das investigações, foi possível descobrir que um preso do PB1 fazia a negociação com dois agentes penitenciários que cobravam R$ 15 mil, em média, por um aparelho celular (dependendo do modelo do smartphone e tamanho, o preço poderia chegar a R$ 50 mil). O valor era rateado entre os apenados e pago ao grupo criminosos. Dois pagamentos foram acompanhados com autorização judicial pelo Gaeco e pela Polícia Civil, um deles no valor de R$ 2 mil e outro, realizado hoje, no valor de R$ 4 mil, o que possibilitou as prisões em flagrante dos envolvidos.

Durante coletiva de imprensa realizada na tarde desta quarta-feira (19), na Seap, as autoridades envolvidas na operação explicaram como o grupo agia e como eles chegaram até eles.

O delegado Allan Murilo Terruel disse que a negociação com os interessados em comprar os equipamentos era feita por um presidiário. Esse preso fazia a ponte entre o agente penitenciário. Segundo ele, são três presos identificados que faziam esse trabalho. Segundo ele, o que acontecia no presídio era uma verdadeira “cadeia logística de negociação, de compra e de revenda de equipamentos telefônicos”.

O promotor e coordenador do Gaeco, Otávio Paulo Neto, disse que a utilização de equipamentos eletrônicos em ambientes prisionais é um dos maiores males que atinge a sociedade como um todo. “Até porque, por meio desses celulares e aparelhos similares vários crimes são gestados, assim como também expõe a segurança do ambiente e dos próprios agentes penitenciários”, ressaltou.

Ele disse que depois do ataque ao PB1 foi constituída uma força tarefa com a finalidade de identificar as vulnerabilidades e tentar compreender melhor o que de fato aconteceu naquele dia. Foi o trabalho dessa força tarefa que identificou essas negociações.

Durante esse esforço coletivo, envolvendo a Secretaria de Segurança Pública, a Secretaria de Administração Penitenciária e o Ministério Público, através de suas várias unidades, foram planejadas determinadas ações, como a da prisão na orla dos responsáveis pelos ataques, a de hoje, e as transferências de alguns apenados envolvidos no ataque para prisões federais.

Durante a coletiva, o secretário de Administração Penitenciária, coronel Sérgio Fonseca, elogiou o trabalho realizado pelos agentes penitenciários da Paraíba, mas ressaltou que, como em qualquer categoria, algumas pessoas “que trilham pela conduta do mau caminho conseguem adentrar na instituição”. “Não é esse fato isolado que deve manchar a imagem dessa belíssima categoria”, frisou o Secretário.

As investigações ainda não foram concluídas e também não há comprovação de que a venda dos celulares tenha ligação com a fuga do dia 10, mas tudo indica que o esquema ajudou na elaboração do plano de fuga. Também estão sendo apuradas a participação de outras pessoas no esquema.

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