O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Paraíba José Mário Porto comentou no início da noite, em entrevista concedida ao Parlamentopb, as críticas feitas à abertura do edital para composição da lista sêxtupla da qual sairá o novo desembargador do Tribunal de Justiça do Estado. O processo que foi declarado aberto por Porto em pleno Dia do Advogado, foi considerado temerário por Agra, que viu na atitude uma "bandeira de campanha" do atual presidente da Ordem, candidato à reeleição.
"O Conselho Federal prevê um prazo de 30 dias para a abertura do edital, a partir do comunicado de vacância feito pelo Tribunal de Justiça. Eu recebi oficialmente essa informação no dia 22 de julho, portanto, eu tenho prazo. Ainda esperei que o desembargador Manoel Monteiro apreciasse a liminar impetrada pelos advogados de Marcos Souto Maior. Como ela foi negada, resolvi lançar o edital. Ele queria o que? que eu esperasse acabar a eleição para a OAB e depois lançasse o edital? Eu tenho prazo! Além do mais, os esforços de Marcos Souto e de seus advogados são todos para que ele alcance a aposentadoria. Não movem uma palha para que ele retorne à magistratura. Portanto, se ele conseguir o que quer, a vaga estará igualmente vaga. Não entendo porque Walter Agra reclama", disse.
Como subsídio à sua atitude de abrir a sucessão de Marcos Souto Maior, José Mário Porto ainda citou que atualmente o Tribunal de Justiça não tem em sua composição os 2/5 de componentes originários da advocacia, como manda a lei.