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Presidente da Fiep-PB não acredita em “facada” de Paulo Guedes no Sistema S

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O futuro ministro da Economia do presidente eleito Jair Bolsonaro, Paulo Guedes, disse que pretende “meter a faca” no Sistema S. Para uma plateia de empresários no Rio de Janeiro, o economista disse que, para reduzir os gastos do governo, pode cortar as verbas destinadas ao sistema em até 50%. o presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep), Francisco de Assis Benevides Gadelha, contudo, não acredita que o auxiliar de Bolsonaro vá implementar sua ideia. Ao ParlamentoPB, Buega afirmou que na prática Guedes vai perceber que não há sentido na mudança.

“Nós não acreditamos que isso venha a se consolidar porque quando o ministro fizer uma análise mais apurada já no comando mesmo dos destinos do País, ele vai ver que não é bem assim. O Sistema S tem 740 mil funcionários. Só no nosso SESI/SENAI são quase 4 milhões de alunos. Então, desmanchar tudo isso? E o Sistema S recebe recursos do empresariado, coisa que nada tem a ver com o governo desde que o Senai foi criado na época de Getúlio Vargas em 1942. Os empresários criaram e decidiram bancar e é o empresário que encaminha verbas de sua receita para o Sistema S, é 1% de sua folha de pagamento para o Senai e 1,5% para o Sesi, do mesmo jeito com os outros segmentos do Sistema S. Não acho que seja lógico tirar uma escola criada e mantida pelo empresariado. Vão colocar o dinheiro onde? Tem algo mais importante que a nossa formação de mão de obra e nossa educação? A educação é o que há de mais importante no nosso País!”, disse Buega.

O industrial paraibano ainda afirmou que o futuro ministro deve encaminhar auxiliares para visitar as escolas do Sistema S: “Ele vai encontrar tudo funcionando em qualquer parte do país, com todas as obrigações em dia, pagando fornecedores, servidores em dia e formando gente para o mercado”, resumiu.

Danos na Paraíba

No estado da Paraíba, o impacto da prometida “facada” pode comprometer até 30% dos recursos do SENAI e acabar com mais de 12 mil vagas de cursos técnicos profissionais por ano no estado. Além disso, o corte orçamentário no Sistema S deve promover o possível fechamento de quatro escolas da instituição de formação profissional dos paraibanos.

No SESI, quase de oito mil estudantes do ensino básico e de educação de jovens e adultos podem perder a oportunidade de estudar porque duas escolas de formação profissional da educação básica da instituição podem ser fechadas no estado.

Além disso, o desemprego deve aumentar na Paraíba porque os cortes orçamentários no Sistema S, prometidos pelo próximo governo, vão influenciar diretamente na demissão de 275 funcionários do SENAI e SESI paraibanos.

Na prática, o impacto será sentido por todos. No caso de jovens e trabalhadores, os cortes afetariam a principal rede de preparo e qualificação para o mercado de trabalho, com reflexos na capacidade da população de acompanhar a evolução tecnológica das empresas e até de conseguir o primeiro emprego.

“A formação profissional e a capacitação técnica de qualidade aumentam a empregabilidade do trabalhador e, para o jovem, é um importante diferencial para conquistar o primeiro emprego, numa faixa etária em que o desemprego é ainda mais grave que na média. O SENAI prepara uma parcela importante da população para que tenha uma profissão, e alcança e beneficia jovens e trabalhadores que não teriam as mesmas oportunidades pelo sistema educacional”, lembra Rafael Lucchesi, diretor-geral do SENAI e diretor-superintendente do SESI.

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