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Presidente da CBF Rogério Caboclo é afastado por 90 dias

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O Conselho de Ética da CBF afastou o presidente Rogério Caboclo, por 30 dias, neste domingo, após uma funcionária da entidade acusá-lo de assédio sexual e moral. Durante este período, o vice Antônio Carlos Nunes assume interinamente. A CBF já foi notificada da decisão do Conselho.

Houve pressão dos patrocinadores e de dirigentes das federações estaduais para o afastamento de Caboclo.

A denúncia foi protocolada na sexta-feira por uma funcionária que relatou conversas inoportunas e comportamento inapropriado do dirigente, segundo o site Globo Esporte. O colunista Lauro Jardim, do GLOBO, revelou parte de um diálogo, que foi gravado por ela. Em um dos trechos, Caboclo chega a perguntar se ela se masturbava e ouviu como resposta que a estava deixando sem graça e que ela não queria falar sobre o assunto.

Durante o afastamento, Caboclo cuidará apenas da sua defesa. O caso será investigado e julgado pela Comissão de Ética da CBF. Apenas a posição da comissão, entretanto, não é suficiente para punir o dirigente. A decisão deles, caso optem por alguma punição a Caboclo, precisa ser referendada por três quartos da Assembleia Geral da CBF. E as sanções são diversas, do banimento até simples advertência. A pior hipótese para Caboclo será a de ter alguma punição severa e, além disso, o caso ser encaminhado para o Ministério Público e a Justiça, possibilidade prevista no Código de Ética da CBF.

Até então, Caboclo tentava sobreviver politicamente e assegurar a realização da Copa América no Brasil. O relacionamento com o técnico da seleção brasileira, Tite, ficou ainda mais estremecido com a crise gerada pela transferência da competição para o país. Por causa disso, de acordo com o jornalista do SporTV André Rizek, Caboclo prometeu ao presidente Jair Bolsonaro que a seleção teria um novo técnico após o jogo contra o Paraguai, na terça-feira, pelas eliminatórias da Copa do Qatar. A informação também foi dada pelo jornal espanhol ‘As’ e o nome em voga é o de Renato Gaúcho.

O treinador está sem clube desde que deixou o Grêmio, em abril, e já manifestou diversas vezes seu desejo de treinar o Brasil. Ele agrada por estar alinhado politicamente ao bolsonarismo. Inclusive, em abril do ano passado, ele assessorou, informalmente, o presidente na retomada do futebol brasileiro durante a pandemia. Na ocasião, o treinador disse não ser o momento ideal para voltar aos jogos.

Como o ‘As’ destacou, a Copa América é uma “questão de honra” para o presidente. No sábado, ele ratificou o apoio ao evento em reunião com a Conmebol, que não contou com a presença dos capitães das seleções. Para Bolsonaro, a competição pode ser politicamente favorável ao governo, caso tudo ocorra bem e a seleção brasileira, uma das favoritas, seja campeã. Ainda seria uma resposta ao governo da Argentina, antagonista ao Brasil, que desistiu de sediar o torneio.

Porém, a entidade não contava com o motim dos jogadores da seleção – outras equipes também foram contrárias à Copa América no momento da pandemia na América do Sul – e o apoio a Tite. Há informações de que após o jogo de terça-feira, eles devem se posicionar oficialmente contrários ao evento, porém decidirão jogá-la.

Uma outra peça, no entanto, entrou no jogo político que acontece na CBF e pode refletir na promessa a Bolsonaro. A acusação de assédio moral e sexual feita por uma funcionária da confederação contra Caboclo não permite garantias de que Tite será realmente demitido. Inclusive, a demissão do treinador estaria prevista para antes da partida com o Equador, mas o fato novo acabou com os planos do dirigente.

Conforme publicou o colunista do GLOBO Lauro Jardim, uma reunião extraordinária estava prevista com os oito vice-presidentes da CBF na segunda-feira, na sede da entidade no Rio. Caboclo ainda tenta sobreviver politicamente, mas a maioria da direção defende o afastamento por tempo indeterminado do mandatário.

A possível interferência de Bolsonaro na CBF, um entidade privada, também pode prejudicar o Brasil junto à Fifa. Esse tipo de atitude política cabe sanção de acordo com o código da principal entidade do futebol mundial. Procurada, a Fifa ainda não se pronunciou.

 

 

O Globo Online

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