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Por que atingir a honra de uma mulher é sempre o jeito mais fácil de enfrentá-la quando não se tem moral?

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Marias, Joanas, Betânias, tantas agredidas e humilhadas em sua honra com palavras de baixo calão pelo simples fato de tomarem decisões que não agradam a todos. Chegou a vez de Cármen! Mulher de se ouvir atentamente para absorver cada suspiro de conhecimento, jurista de se aplaudir de pé, professora e magistrada brasileira, atual ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia Antunes é uma defensora incansável dos direitos das mulheres.

No mês de agosto, tive mais uma vez, a oportunidade de admirá-la de perto no Conselho Federal da OAB, em Brasília, na ocasião do lançamento da Campanha de Combate às Violências contra a Mulher.

“Queria fazer um agradecimento, presidente. Desde o início de sua gestão nesta casa, é a terceira vez que nos reunimos para conversar sobre políticas ou possibilidade de programas que superem as enormes desigualdades contra as mulheres. Não é fácil falarmos que não há preocupação com a desigualdade e a violência contra as mulheres. Porém, é mais difícil encontrar instituições e pessoas que não apenas se preocupam, mas se ocupam em adotar políticas, atos, enfim, fazer gestos concretos para a superação”, declarou a ministra. “Queremos ser e dizer o que somos e o que queremos para, junto com todos os homens construirmos uma sociedade de iguais em humanidade”, completou ela ao discursar no ato na OAB, se direcionando ao presidente Beto Simonetti e a centenas de advogadas.

Formada em Direito, Mestre em Direito Constitucional, tendo sido presidente da mais alta corte e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de 2016 a 2018, sobram motivos para ser respeitada por todos e admirada pelas mulheres de carreira jurídica, assim, repudiar qualquer manifestação de insulto ou ofensas a sua reputação é nosso dever!
Como não repudiar o recente episódio de ofensa pública nas redes sociais à Ministra Carmén Lúcia de autoria do ex – parlamentar preso em regime de prisão domiciliar, Roberto Jefferson, que se deu nos seguintes termos:
“Fui rever o voto da Bruxa de Blair, da Cármen Lúcifer, na censura prévia à Jovem Pan, e não dá para acreditar (…) Lembra mesmo aquelas prostitutas, aquelas vagabundas, arrombadas, que viram para o cara e dizem: ‘Benzinho, no rabinho é a primeira vez’. Ela fez pela primeira vez. Abriu mão da inconstitucionalidade pela primeira vez. Bruxa de Blair, é podre por dentro e horrorosa por fora. Uma bruxa, uma bruxa. Se puser um chapéu bicudo e uma vassoura na mão, ela voa. Deus me livre dessa mulher que tá aí nessa latrina que é o Tribunal Superior Eleitoral”, concluiu Roberto Jefferson.

É lamentável, revoltante, repugnante e inaceitável qualquer violação aos valores do Estado Democrático de Direito e aos direitos das mulheres, defendidos na nossa Carta Cidadã e conquistados com tantas lutas sociais! As mulheres brasileiras representam mais de 50% da força de trabalho nesse país, merecem ser tratadas com dignidade e respeito. As ofensas à Ministra Carmén Lúcia afrontam a honra de todas, e reforça que o machismo, enraizado na nossa cultura, precisa ser extirpado, eliminado e punido.

O autor dos insultos e agressões contra Cármen, o ex – parlamentar Roberto Jefferson, personagem de uma história política tumultuada, condenado pelo Supremo Tribunal Federal pela prática de crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, cumpre, com tornozeleira eletrônica, pena em prisão domiciliar pelo inquérito das milícias digitais desde agosto de 2021, ao ser abordado por agentes federais a pedido do Ministro Alexandre de Moraes (STF) reagiu atirando com fuzil e granadas. Apenas!

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