A cidade da Amadora, na região metropolitana de Lisboa, tem se destacado como um centro de excelência da História em Quadrinhos, expressão mais conhecida no país como “Banda Desenhada”, BD. A cada ano, uma nova versão do Festival Internacional Amadora BD vem à luz, trazendo grandes exposições, lançamentos de livros, sessões de autógrafos, conferências e oficinas sobre os mais diversos aspectos dos quadrinhos. Também há concursos com premiações e incentivo aos jovens quadrinistas. “Maria”, personagem de Henrique Magalhães participa mais uma vez do festival.
Com esse perfil, o festival da Amadora figura como um dos mais importantes da Europa, ao dar visibilidade não só à efervescente produção local, mas aos representativos quadrinhos brasileiros e destaques dos quadrinhos mundiais. A 34a edição do festival começa em 19 de outubro e vai até o dia 29. São dois finais de semana de muita agitação no meio, mobilizando toda a cidade e região.
Com três álbuns lançados pela editora Polvo, um prêmio de melhor álbum humorístico em 2016, uma exposição em 2017, ambos promovidos pelo festival, “Maria” tem uma trajetória exitosa em terras lusitanas, cujo público recebeu com simpatia seu humor crítico e contestador. A participação do autor, nesta edição do evento, terá um bate-papo com um especialista da área e uma sessão de autógrafos, em companhia de grandes nomes da HQ portuguesa e brasileira, a exemplo de Maurício de Sousa.
O Amadora BD é uma iniciativa da Câmara Municipal da Amadora. Criado em 1990, o certame tem por objetivo a promoção da “banda desenhada”, sendo o mais importante festival do gênero em Portugal. Este ano são 14 as exposições. Sob o tema “Clássicos intemporais”, o público terá acesso a mostras de memoráveis personagens, a exemplo de Super-Homem, Tex, Mônica e Garfield, bem como “O Grande Gatsby”, de Jorge Coelho, “As muitas mortes de Laila Starr”, de Filipe Andrade e uma mostra retrospectiva da obra do galego Miguelanxo Prado.
Quadrinhos e Arte
Pouco antes do início do festival, em 18 de outubro de 2023, acontecerá em Lisboa um evento memorável para as histórias em quadrinhos em Portugal. A Academia Nacional de Belas Artes reconhece oficialmente a “banda desenhada” como uma forma superior de expressão artística, o que, a rigor, trata-se de um passo fundamental para a legitimação dos quadrinhos e seus criadores.
A sessão solene a acontecer na Academia Nacional de Belas Artes será presidida pelo Ministro da Cultura, Dr. Pedro Adão e Silva, que dará as boas-vindas aos novos Acadêmicos. Com a participação de especialistas em “banda desenhada”, serão empossados dois novos membros ligados aos quadrinhos: Penin Loureiro e Paulo Monteiro, ambos figuras de destaque na produção e promoção dos quadrinhos em Portugal.
Paulo Monteiro e Penin Loureiro