Um parente do deputado Frei Anastácio (PT) morreu, em São Paulo, vítima da Covid-19. “Só sabe o que é essa doença, quem já perdeu alguém. Eu perdi uma pessoa da família, em São Paulo. Um homem saudável de 49 anos de idade, que contraiu o vírus e morreu em poucos dias. A nossa família não pôde nem fazer velório. Não pôde, sequer, realizar uma despedida para o ente querido. Portanto, isso que Bolsonaro está propondo de contaminar 70% da população é uma proposta genocida”, alertou o parlamentar, que criticou a falta de sensibilidade do presidente Jair Bolsonaro para com as famílias que perderam pessoas vítimas da Covid/19, ao desrespeitar as orientações da Organização Mundial da Saúde e incitar as pessoas a saírem do isolamento social, em massa.
Frei Anastácio ( PT/PB) criticou as declarações de Bolsonaro de que é preciso acabar com o isolamento social, para contaminar 70% da população com o Coronavírus, como forma de imunizar a população. Segundo o deputado, “uma decisão dessa poderia levar milhões de pessoas ao risco de morte. Essa é uma ideia genocida”.
O parlamentar alerta que as declarações de Bolsonaro são muito graves. Segundo o deputado, se esse plano do presidente for posto em prática, milhões de pessoas poderão perder a vida.
12 milhões em risco
“Setenta por cento da população brasileira, segundo o senso do IBGE, representam mais de 147 milhões de habitantes. Repito: mais de 147 milhões de pessoas. Se levarmos em consideração que a letalidade do vírus no Brasil é de 8%, Bolsonaro estaria levando para o risco de morte, quase 12 milhões de pessoas. Isso mesmo: quase 12 milhões de pessoas poderiam morrer contaminadas, a partir dessa ideia de contaminação citada pelo presidente em várias ocasiões”, lamentou.