Redução e esclarecimento de homicídios foram dois dos principais tópicos debatidos durante o 2º Encontro Nacional de Diretores de Departamento de Homicídios, realizado de 30 de novembro a 1º de dezembro, na cidade de Canela (RS).
O evento contou com a participação de gestores de todos os estados, além de pesquisadores especialistas na temática dos homicídios no Brasil, onde os expositores, palestrantes e público ouvinte puderam conhecer as experiências e metodologias aplicadas em cada unidade da federação.
A Polícia Civil da Paraíba foi representada pela delegada Suelane Souto, titular da Delegacia de Crimes contra a Pessoa de Campina Grande. Ela foi a única representante da região Nordeste a falar sobre Boas Práticas de Investigação de Homicídios, no encontro.
“Campina Grande teve esse destaque porque, neste ano de 2021, nós já atingimos o índice de 85% de elucidação de homicídios. Quanto à taxa de assassinatos, a cidade regista uma média de 10,6 crimes para cada grupo de 100 mil habitantes. A ONU, por exemplo, estabelece a taxa de 10 crimes por 100 mil habitantes como parâmetro limite tolerável. E tudo isso significa dizer que Campina Grande está praticamente dentro de um cenário de primeiro mundo, quando o assunto é taxa de homicídios e elucidação desses crimes”, explicou Suelane.
Entre os representantes da sociedade civil organizada presentes no encontro estavam pesquisadores do Instituto Sou da Paz, um dos mais renomados do país. De acordo com a delegada, os especialistas já conheciam o trabalho realizado pela Polícia Civil da Paraíba e voltaram a elogiar os resultados da PC paraibana.
“Eles disseram que a Paraíba e Santa Catarina são dois bons exemplos a serem seguidos, no que diz respeito à metodologia utilizada no levantamento de informações durante as investigações de homicídios”, disse a delegada.
Padronização
Além da qualidade dos resultados apresentados pelos estados, o evento discutiu também o alinhamento das técnicas de investigação adotadas pelas polícias civis em todas as unidades federativas.
