O repórter Manoel Ventura entrevistou o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Ele disse que não haverá mudança na política de preços da Petrobras, que também não haverá a troca do comando da empresa. E Albuquerque também defendeu a criação de mais um imposto, para funcionar como um “colchão” para os preços, ou seja, que o imposto seja reduzido em momentos de alta, e aumentado em momentos de baixa das cotações.
O problema da ideia é que esse imposto já existe e se chama Cide. Por sinal, Manoel Ventura fez essa pergunta ao ministro, e Albuquerque disse que a Cide perdeu o efeito. Mas o objetivo é exatamente igual. Seria mais fácil restabelecer o efeito da Cide, ao invés de se criar um outro imposto.
Albuquerque falou sobre o risco de desabastecimento, lembrando que 41% do petróleo refinado no Brasil é produção de outros, ou seja, produção privada, fora da Petrobras, ou importação. Isso quer dizer que se a Petrobras segurar preços, aumenta-se o risco de faltar o produto.
No Congresso, há a proposta do PT para se criar um fundo de estabilização de preços, usando recursos como royalties para montar uma espécie de poupança, que possa amortecer os aumentos em tempos de alta.
O presidente Jair Bolsonaro quer muito mudar a política de preços da Petrobras, mas Albuquerque alertou sobre os riscos dessa medida, lembrando dos prejuízos que a Petrobras teve quando o PT segurou os preços no governo Dilma Rousseff.
Míriam Leitão, CBN