O padre Marcelo, a que me refiro, tem, entre seus compromissos dominicais, a celebração da missa das 11h15 na Paróquia Santuário Nossa Senhora Mãe dos Homens, que está localizada na avenida Monsenhor Walfredo Leal – cidade de João Pessoa. E mais uma vez conduziu essa celebração, neste domingo 6 de fevereiro, com as mesmas sapiência e fluência que muito cativam aos que o ouvem/assistem. E nesta missa, entre suas intenções, constou a de reiteração do pedido a Deus para que Martinho Moreira Franco, que há um ano deixou a vida terrena, seja mantido à direita do Pai e lá permaneça distribuindo, entre nós, o que aqui ele, Martinho, sempre soube dar e exercitar: amor, solidariedade, simplicidade!
“Faltou Martinho” foi o título do artigo de Gonzaga Rodrigues publicado em A União do sábado, 5 de fevereiro. E foi através desse texto de Gonzaga, em seu último parágrafo, que primeiramente me inteirei sobre a missa que seria celebrada pela alma de Martinho Moreira Franco. Nesse parágrafo, depois de elogiar o novo visual de A União, especialmente a recente edição de 2 de fevereiro, comemorativa dos seus 129 anos de fundação, disse Gonzaga: – “Só faltou mesmo o imprimatur do Martinho, que a missa de ano vai lembrar amanhã, e que daqui do meu íntimo estarei com ele”.
De minha parte senti-me no compromisso de pessoalmente estar presente a esta missa, isto porque, quando Martinho ainda aqui entre nós, eu o convidando para aceitar ser o homenageado/patrono do 11º Prêmio AETC-JP de Jornalismo, em 2012, ele, Martinho, “tão avesso aos holofotes”, disse-me: “Amigo Colin Powell, não confie muito em minha timidez, não, porque de repente ela pode me levar a faltar à solenidade…” (Colin Powell fora o general americano superpoderoso no Governo Bush como Secretário/Ministro de Estado. Segundo Martinho, a fisionomia dele – Colin Powell – fazia lembrar a minha. E por isto ele, Martinho, em artigo que escreveu sob o título “O cara que é a cara da AETC”, expressou que “a cada vez que Colin Powell aparece em reportagens televisivas, penso que é Mário Tourinho aqui em nossas tvs”).
Neste um ano sem a presença física de Martinho Moreira Franco entre nós, o sentimento não só da família, mas também de seus amigos, é o de que, pelos bons exemplos que deu em vida, ele continua, sim, entre nós, a inspirar-nos! E esta vida exemplar que viveu e irradiou, ele resumia na canção/oração que tinha sempre pronta para exaltar, que é a Oração de São Francisco, que sua família fez distribuir ao final da missa, caracterizando suas saudades eternas: – “Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz/ Onde houver ódio que eu leve o amor/ Onde houver ofensa que eu leve o perdão/ Onde houver discórdia que eu leve a união/ Onde houver dúvidas que eu leve a fé/ Onde houver erro que eu leve a verdade/ … / Pois é dando que se recebe/ É perdoando que se é perdoado/ E é morrendo que se vive para a vida eterna!”
Esta canção/oração não era só declarada/entoada por Martinho. Era mesmo por ele praticada, onde ele estivesse: em família, entre amigos e na atividade profissional como excepcional jornalista que foi!… Um profissional assim definido por Fernando Moura, no lançamento do 11º Prêmio AETC-JP de Jornalismo, em 2012, que o homenageou: – “Venho aqui trazer o abraço de A União, onde Martinho também trabalha, e ressaltar a paixão dele pela informação e pela verdade”. Ou como Gonzaga Rodrigues expressou naquela mesma solenidade de 2012: – “É o jornalista mais enxuto nos textos, de melhor informe, o correspondente disputado, o mais bem informado de meus amigos”.