O presidente estadual do PSB e pré-candidato ao Governo do Estado, Ricardo Coutinho, e os pré-candidatos ao Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB) e Efraim Morais (DEM), foram até a ponte do Boi Morto, no município de Aparecida, no Sertão paraibano, e constataram o descaso do atual Governo com a reconstrução da obra, que tem orçamento de R$ 1,3 milhão.
No local, sinais de um serviço paralisado, parado na metade. Apenas as colunas de sustentação estavam erguidas, faltando a continuidade do restante do projeto. O que chama atenção é que o Governo Maranhão III prometeu entregar a obra em junho do ano passado.
“O Governo de Cássio garantiu a reconstrução da ponte, com alocação de recursos e processo de licitação da empresa responsável pela obra concluídos. O problema é que Maranhão assumiu o mandato em fevereiro e disse que em junho 2009 as obras estariam concluídas. Mas, até agora, só promessa”, explicou o prefeito de Sousa Fábio Tyrone (PTB).
A ponte do Boi Morto caiu em decorrência das fortes chuvas ocorridas entre os meses de março e abril de 2008. Desde então, a população das cidades de Sousa, São Francisco e Santa Cruz, ficou sem ter como se deslocar de um município a outro. Na época do governo Cássio, o Departamento de Estradas e Rodagens (DER) viabilizou desvios alternativos, para não deixar a população isolada.
“É um absurdo ver a omissão do governo, com essa situação. Como se não bastasse a morosidade com que toca a obra, a administração estadual praticamente obriga os moradores a ter que pagar para se locomover pelo local, já que a passagem molhada construída de forma provisória, também não existe mais”, comentou Ricardo Coutinho.
Cobrança – O pré-candidato ao Senado, Cássio Cunha Lima, disse que a visita ao local da ponte do Boi Morto teve como objetivo cobrar a ação efetiva do governo para a conclusão da obra.
“Esta é a principal função da oposição, ou seja, cobrar e fiscalizar do governo as ações, principalmente as que são anunciadas como se estivessem em execução quando na verdade não passam de propaganda enganosa da atual gestão”, afirmou.
Pedágio – Percebendo o problema como forma de ganhar algum dinheiro extra, um agricultor da região resolveu construir um desvio em sua propriedade e cobrar pedágio dos veículos que precisam trafegar pelo lugar.
Na estrada particular, os veículos e motos passam por um desvio que liga os pontos de início e fim da ponte. Mas, para isso, precisam pagar uma taxa, que varia de acordo com o tipo de veículo. Os proprietários de motos pagam R$ 2, os donos de carros de passeio pagam R$ 5 e os motoristas de ônibus e caminhões pagam R$ 10.
Só estão isentos da cobrança, segundo o proprietário da terra que não quis se identificar, apenas os veículos de policiais, religiosos e ambulâncias. Não bastasse ter que pagar pelo direito de ir e vir, os motoristas ainda têm que obedecer ao horário de funcionamento do desvio, que funciona das 5h às 23h.