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PF cumpre mandado no Instituto Alfa na Epitácio Pessoa em operação contra líder do governo Bolsonaro

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Uma operação da Polícia Federal está acontecendo desde o início da manhã em João Pessoa. O local onde está sendo cumprido mandado de busca e apreensão é o Instituto Alfa – Soluções em Pesquisas, no edifício Royal Trade Center, na avenida Epitácio Pessoa. A Operação Desintegração tem o propósito de desarticular um esquema criminoso de pagamentos de vantagens indevidas, por parte de empreiteiras, em favor de autoridades públicas.

A ação está relacionada a Operação Turbulência, da Polícia Federal, que é realizada na manhã desta quinta-feira no Congresso e que tem como alvo o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), pernambucano líder do governo Bolsonaro no Senado. A PF também mira o deputado Fernando Coelho Filho (DEM-PE), filho do senador.

A investigação, instaurada no ano de 2017, teve início a partir de colaborações firmadas com investigados presos no âmbito da Operação Turbulência, deflagrada em junho de 2016 e que apurava, por sua vez, o uso de empresas de fachada, controladas pelos aludidos colaboradores, na lavagem de dinheiro de empreiteiras e no pagamento de propinas a políticos.

Os colaboradores confirmaram o pagamento de vantagens indevidas a autoridades públicas, entre os anos de 2012 e 2014, realizados por empreiteiras que estavam executando obras custeadas com recursos públicos.

A investigação também constatou que dívidas pessoais de autoridades, principalmente relativas às campanhas eleitorais, foram pagas pelas empresas ora investigadas.

Por ordem do Supremo Tribunal Federal, foram expedidos 52 mandados de busca e apreensão envolvendo endereços de todos os investigados, dentre eles autoridades públicas, beneficiários dos recursos e das empreiteiras envolvidas.

Aproximadamente 220 policiais federais estão participando das diligências e ações nesta data.

Os mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos pela PF, alguns deles em gabinetes de FBC no Senado, no gabinete de Fernando Filho na Câmara, em Petrolina, reduto político dos Coelho, no Recife e em João Pessoa, na Paraíba. O ministro Luís Roberto Barroso, do STF autorizou as ações.

O inquérito apura desvio de dinheiro público nas obras da Transposição do Rio São Francisco. A suspeita é de que dinheiro de contratos superfaturados ou fictícios de obras vinculadas ao Ministério da Integração Nacional tenha sido desviado para campanhas dos políticos. Os fatos investigados são do período em que Fernando Bezerra Coelho era ministro da Integração Nacional de Dilma Rousseff (PT). Na época, FBC era filiado ao PSB e era nome de confiança do ex-governador Eduardo Campos no governo petista.

A Operação Turbulência foi a que prendeu supostos donos do avião que caiu em 2014, em Santos (SP), com o ex-governador Eduardo Campos durante a campanha à Presidência.

Liderança do governo Bolsonaro

Fernando Bezerra Coelho assumiu a liderança do governo Bolsonaro em fevereiro na tentativa de aproximação do MDB, partido que possui a maior bancada no Senado. O senador era alvo de três inquéritos correspondentes a Operação Lava Jato e seus desdobramentos quando assumiu.

Em dezembro de 2018, o Supremo Tribunal Federal rejeitou uma denúncia contra FBC na Lava Jato, a acusação era de pedido e recebimento de propina das construtoras Queiroz Galvão, OAS e Camargo Corrêa nos anos de 2010 e 2011 quando Bezerra Coelho era secretário estadual no governo de Eduardo Campos.

O senador é um dos políticos mais influentes de Pernambuco e foi líder do governo Temer durante os últimos 6 meses da gestão. Fernando Bezerra Coelho é pai do deputado federal Fernando Coelho Filho (DEM-PE), que também é alvo da operação realizada nesta quinta-feira (19) pela Polícia Federal, de Antonio Coelho, deputado estadual (DEM-PE) e de Miguel Coelho, prefeito de Petrolina (sem partido).

Defesas

Fernando Bezerra Coelho

Causa estranheza à defesa do senador Fernando Bezerra Coelho que medidas cautelares sejam decretadas em razão de fatos pretéritos que não guardam qualquer razão de contemporaneidade com o objeto da investigação. A única justificativa do pedido seria em razão da atuação política e combativa do senador contra determinados interesses dos órgãos de persecução penal.

Fernando Filho

“Causa estranheza à defesa do deputado Fernando Filho que medidas cautelares sejam decretadas em razão de fatos pretéritos sem contemporaneidade e que não guardariam hoje qualquer justificativa com o objeto da investigação. A defesa ainda não teve acesso ao pedido e à decisão do ministro que autorizou as medidas, mas pode afirmar que as medidas são desnecessárias e extemporâneas.”

ParlamentoPB com Diário de Pernambuco

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