O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Cavalcante, afirmou nesta quarta-feira ser contra a realização de um novo plebiscito sobre o porte de armas de fogo no país.
Em sua opinião, a possibilidade "pode ser uma cortina de fumaça para desviar o foco dos reais problemas de segurança".
A discussão sobre o desarmamento voltou com força no Brasil após o massacre de 12 estudantes em Realengo, na zona oeste do Rio, na quinta-feira (7).
Ainda de acordo com o presidente da OAB, um novo plebiscito pode constituir "um desrespeito à vontade popular legitimamente expressada no referendo de 2005.
"Hoje se vive no Brasil uma verdadeira guerra civil urbana pela ausência de uma política clara, consistente e efetiva de combate à criminalidade e o tráfico de armas", afirmou Cavalcante, em nota.
Segundo o advogado, o governo precisa cuidar da questão da segurança pública como um "problema social macro".
Um novo plebiscito foi defendido pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), mas não conta com o apoio do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS).
Folha Online