A quantidade de postos de trabalho formal em Campina Grande cresceu 33,5%, de 2009 a 2018, segundo dados do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE), divulgados este ano pelo IBGE e compilados em homenagem ao aniversário de 156 anos da cidade, celebrado no domingo (11). Nesse mesmo período, o total de empresas e outras organizações formais cresceu 9,8%, com acréscimo de mais de 700 instituições.
O cadastro indica que, em 2009, o município contava com cerca de 72 mil pessoas ocupadas no mercado formal de trabalho, incluindo assalariados, sócios e proprietários. Em 2018, porém, esse número foi de 96,2 mil, o maior já registrado para a série histórica na cidade.
Desses postos, aproximadamente 81,2% estavam associados ao setor terciário. Já o secundário registrou, em 2018, participação de 18,3%, na geração de postos formais de trabalho, demonstrando queda em relação aos outros indicadores da série histórica. O setor primário, por sua vez, manteve participação de 0,2%, em todo o período considerado.
Reestruturação no perfil econômico
A maioria das 8,1 mil empresas e outras organizações formais existentes em Campina Grande em 2018, cerca de 6 mil (84,3%), fazia parte do setor terciário, que inclui atividades de comércio e serviços, conforme o CEMPRE. Embora seja alta, essa participação teve queda frente à observada em 2006 (86,2%). Nesse segmento, as atividades de comércio têm registrado redução ao longo dos anos, ao passo que as de serviço têm ganhado destaque.
O ramo de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas se manteve como o de maior peso, mas sua participação no total de empresas, que era de 50,8% em 2006, passou para 39,7% em 2018. Na contramão desse movimento, a seção de atividades administrativas e serviços complementares apresentou alta na proporção de unidades produtivas em relação ao total, de 5,5% para 8,7%.
Ainda no que se refere ao total de empresas e outras organizações formais, a mesma tendência de expansão foi observada em outros segmentos de serviços, como o de atividades profissionais, científicas e técnicas, que passou de 2% para 5,4%, no mesmo período; educação, de 3,8% para 5,8%, saúde humana e serviços sociais, de 3,5% para 5,2%; e atividades imobiliárias, de 0,4% para 1,4%.
Também houve crescimento na participação do setor secundário, que passou de 13,7%, em 2006, para 15,5%, em 2018. Nesse segmento da economia campinense, o ramo das indústrias da transformação se manteve como o mais importante, apesar das quedas constatadas nos últimos anos. Por outro lado, a indústria da construção teve aumento na participação no total de empresas da economia formal campinense, que passou de 2,3% para 5,8%, nesse período. Já o setor primário manteve participação de 0,2% nesse total, em todo o período considerado.