O empresário Ney Suassuna (PRB), suplente do senador Veneziano Vita do Rêgo (PSB), usou suas redes sociais para comentar o fato de ter se tornado réu na Operação Lava Jato por decisão da juíza Gabriela Hardt, da 13.ª Vara Federal de Curitiba. Ney é acusado de atuarm em um esquema que pagou US$ 17,6 milhões em propinas e responderá pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
“Amanheci sabendo que fui denunciado pelo MPF de Curitiba e ainda mais surpreso quando vi que esse processo se arrasta há mais de 4 anos num processo no qual eu nunca fui citado nem convidado a me pronunciar. Deve ser uma nova legislação que eu desconheço. Nunca recebi nenhuma quantia nesse assunto e nem autorizei ninguém a receber. Tudo isso começou quando a Polícia Federal encontrou um pen-drive do senhor Bruno Luz onde tinha meu nome dizendo que eu tinha direito a um percentual. Foi surpresa para mim porque nunca tive negócios com ele e nem com o pai dele. A partir daí, o MPF fez ilações como se eu fosse o cabeça desse grupo”, disse Ney em um vídeo publicado no seu perfil no Instagram.
Ele admitiu ser amigo do ex-cônsul honorário da Grécia no Rio de Janeiro Konstantinos Kotronakis, também réu na mesma ação e pelo mesmo motivo que Ney. “Uma pessoa adorável a quem eu emprestei algum dinheiro”.
Por fim, o suplente afirmou que não teme a apuração do caso: “Nunca necessitei fazer nada errado. Minha vida política é correta. Fui acusado algumas vezes, mas sempre inocentado. Confio na Justiça e no Ministério Público. A Lava Jato precisa ser levada adiante e ter força. Quanto mais força ela tiver, melhor o país será e também o nosso futuro. Estou à disposição da Justiça e espero que me convoquem para dar explicação”.
Suplente de Veneziano, Ney Suassuna vira réu na Lava Jato por corrupção