A gravidez é um período de muitas mudanças e descobertas e serve também para a preparação da família, sobretudo da mãe, para a nova rotina que vai se estabelecer em casa. Essa é a realidade de muitas mulheres, mas que teve uma surpresa especial para Emili Soares, de 20 anos, residente da Aldeia Tramataia, no município de Marcação. Mãe de primeira viagem, Emili esperou para fazer a primeira ultrassonografia quando fosse possível ver o sexo do bebê, mas o exame acabou revelando que ela estava gerando não uma, nem duas, mas três meninas.
A surpresa pegou Emili desprevenida e ela conta que custou a acreditar no resultado do exame. “Até o último minuto esperei a médica falar que estava brincando, era difícil acreditar nas três cabecinhas que eu via na tela do exame”, revela. Apesar do susto, nas semanas que se seguiram, ela foi se acostumando com a ideia de ter três crianças em casa e foi preparando tudo para o aumento da família.
Com quase tudo pronto, no dia 24 de março, Emili e o esposo estavam a caminho da capital paraibana para fazer as compras dos itens que faltavam para completar o enxoval. Cansada com o peso da barriga, Emili se queixou de uma discreta dor na coluna, e o seu marido decidiu fazer uma parada no caminho. “Ele parou no Hospital de Mamanguape e eu nem queria descer do carro, mas acabei indo ver o médico por insistência dele. Foi quando descobrimos que eu já estava com três centímetros de dilatação”, conta.
Nessa altura Emili já estava com 32 semanas de gestação e, pelo risco envolvido em uma gravidez trigemelar, foi encaminhada à Maternidade Frei Damião, em João Pessoa, referência para casos como o dela, onde permaneceu internada até o nascimento de suas filhas. As pequenas nasceram no final da tarde da última segunda-feira (3), de parto cesariana, graças ao apoio de uma equipe formada por 18 pessoas entre obstetras, neonatologistas, anestesista, enfermeiras e técnicas de enfermagem.
Um dos médicos responsáveis pelo parto, Luciano Ângelo, explica que nascimento de trigêmeos é raro. “As mulheres normalmente geram uma ou duas crianças. Uma gestação que aconteceu de forma natural e gerou três bebês é difícil de ver, por isso fiquei tão emocionado em participar desse nascimento”.
Apesar de prematuras, Kemilly, Kevyllin e Khyara chegaram ao mundo saudáveis. “Elas nasceram muito bem e não precisaram de nenhum suporte avançado”, informou Luciano Ângelo. Emili e as meninas passam bem e estão ainda sob os cuidados da equipe em uma das enfermarias da Maternidade Frei Damião. Elas aguardam que as meninas comecem a ganhar peso para serem liberadas para casa com total segurança.
