O prefeito de Patos, Nabor Wanderley (PMDB), visitou no final da manhã de hoje a Assembleia Legislativa da Paraíba e foi instigado pela imprensa a comentar os recentes fatos envolvendo seu partido, que perdeu três deputados para a base governista e cuja reunião de avaliação da situação só será realizada no dia 28 deste mês a pedido do ex-governador José Maranhão. Nabor, apesar de reconhecer o poderio de Maranhão no partido, defendeu uma renovação no comando peemedebista, atualmente exercido pelo contabilista Antônio Souza, homem de confiança do ex-governador:
– O ex-governador José Maranhão é a maior liderança do PMDB hoje, indiscutivelmente. Temos que nos reunir e discutir a situação do partido. A minha opinião é de discutir que caminho deve ser seguido. Acredito que isso passe por uma renovação da direção. É preciso dar oportunidade para outros quadros, mais novos darem sua contribuição para que o PMDB possa continuar sendo o maior partido da Paraíba. É preciso uma saída urgente – disse Nabor, que não quis citar os nomes ideais para a direção da agremiação.
Ele ainda comentou as adesões dos deputados Wilson Braga, Doda de Tião e Márcio Roberto ao bloco do Governo na Assembleia Legislativa e disse que ainda dá tempo para "estancar a sangria" de migração à bancada de Ricardo Coutinho (PSB):
– É preciso conversar e ouvir os motivos pelos quais essas lideranças estão aderindo. Não podemos deixar que as adesões continuem, da forma como está. Eles foram, o partido não se reuniu e agora é preciso estancar essa sangria e trazer de volta quem aderiu. Eu não defendo punição de expulsão até porque o PMDB não emitiu nenhuma resolução sobre a postura a ser adotada na Assembleia Legislativa. A partir do momento que houver uma deliberação e um direcionamento, quem discordar, deve ser punido. Agora, acho que é o momento de chamar todo mundo para conversar.