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Mostra de Cinema independente e autoral brasileiro enfatiza pesquisa de linguagem

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O cinema autoral brasileiro tem seu marco com ‘Limite’ (1931), único filme escrito e dirigido por Mário Peixoto, que colocou o Brasil na vanguarda do cinema mundial. Influenciado pelas vanguardas cinematográficas europeias dos anos 1920, o poeta e romancista se aventurou no cinema com uma obra que entrou para a história da sétima arte. Nos anos 1960, é a vez de Glauber Rocha de chamar a atenção do mundo com sua obra visceral no contexto dos “novos cinemas” que, a reboque do neorrealismo italiano e da nouvelle vague francesa, pipocavam em países periféricos como o Brasil.

Esse introito ligeiro e superficial é um mote para chegarmos ao cinema brasileiro contemporâneo, alentado nos últimos dez anos com políticas públicas de incentivo à democratização de sua produção, historicamente centralizada na região sudeste sob as bênçãos da Embrafilme. A I Mostra Solar do Cinema Independente Brasileiro (de 14 a 20 deste mês, no Estação Botafogo 3, no Rio) foi idealizada pelos cineastas são-luisense (ou ludovicense) Frederico Machado e o carioca Cavi Borges, dois militantes incansáveis do nosso cinema. 

Para esta mostra, a dupla de curadores pensou em “filmes autorais que têm como característica uma instigante pesquisa de linguagem”, levando em consideração também obras que retratam a importância da memória do cinema brasileiro. Compõem essa primeira investida na promoção do cinema autoral brasileiro 20 filmes de ficção e documentários, todos inéditos na cidade do Rio de Janeiro. São obras também premiadas em diversos festivais no Brasil e no exterior.

Serão exibidos na Mostra A Praia do Fim do Mundo, de Petrus Cariri (exibido e premiado no 16º Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro, acontecido em  João Pessoa dezembro passado), Vocês nos Queima,  de Caetano Gotardo, As Órbitas da Água, de Frederico Machado, O Seu Amor de Volta (mesmo que ele não queira), de Bertrand Lira, A Nau dos Loucos, de Gurcius Gewdner, A Mãe de todas as lutas, de Susanna Lira, Terminal Praia Grande, de Mavi Simão, Notícias do Fim do Mundo, de Rosemberg Cariri, e os documentários inéditos que terão estreia mundial na Mostra: Walter Carvalho, Retratos de artista e João Moreira Salles, A Imagem Questionada, ambos dirigidos por Bebeto Abrantes.

A I Mostra Solar do Cinema Independente Brasileiro tem a produção da Lume Filmes e Cavídeo; com o apoio do Grupo Estação e, segundo seus curadores, sua proposta é apresentar um misto de ficções que instigam o espectador e a crítica em termos de experimentação e força poética, com documentários e filmes-ensaios sobre autores, cineastas e atores importantes de nossa cinematografia, além de filmes já premiados em outros festivais mas que permaneciam inéditos no Rio de Janeiro. 

Uma mostra com essa configuração é, até onde sei, inédita no país, salvo, talvez, em contexto de festivais, e contribuirá para uma reflexão sobre os rumos que a estética e linguagem do cinema brasileiro se orientam já que a Mostra Solar traz um número significativo de obras (20 ao todo) com diferentes abordagens e proposições criativas. Além disso, aposta no cinema da diversidade temática e geográfica com filmes de diretores de distintos estados brasileiros tratando de diferentes assuntos. É um panorama significativo da nossa produção cinematográfica da atualidade. 

 

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