Morreu na noite desta sexta-feira (24) o ex-deputado federal Ibsen Pinheiro (MDB-RS), aos 84 anos. Ele estava internado em um hospital em Porto Alegre e sofreu uma parada cardiorrespiratória.
Segundo a assessoria de imprensa do MDB, o velório será realizado neste sábado (25), na sede da Assembleia Legislativa da capital gaúcha, na praça da Matriz, das 9h às 16h. A cerimônia de cremação será restrita aos familiares.
Deputado por quatro legislaturas, Ibsen presidiu a Câmara durante o processo de impeachment do presidente Fernando Collor, em 1992. Também integrou a Assembleia Constituinte, que redigiu a Constituição de 1988.
Ibsen nasceu em São Borja, no interior do Rio Grande do Sul, em 1935. Foi jornalista esportivo, advogado e procurador de Justiça. Também dirigiu o Internacional.
Na política, começou como vereador de Porto Alegre. Antes de chegar à Câmara, foi deputado na Assembleia gaúcha. Foi ainda presidente do MDB do Rio Grande do Sul.
Nas redes sociais, políticos lamentaram a morte do ex-deputado. O governador gaúcho, Eduardo Leite (MDB), afirmou que decretará luto oficial de três dias. “Sua trajetória política, marcada pelo diálogo e pelo respeito, deixa grande legado ao Brasil”, disse.
Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou que considerava Ibsen um exemplo. “Tive a oportunidade de conviver e aprender muito com ele. Perdemos um homem público diferenciado”, escreveu no Twitter.
A ex-senadora pelo Rio Grande do Sul Ana Amélia Lemos (PP) afirmou que Ibsen foi um “político que, como os homens da fronteira gaúcha, tinha a coragem para enfrentar os grandes desafios”, em referência ao seu papel no impeachment de Collor.
Já para Osmar Terra, ministro da Cidadania, o ex-deputado era um dos mais brilhantes políticos brasileiros, “com uma enorme capacidade de formulação e de compreensão da política”.
Folha Online