Um grupo de moradores de Bayeux está organizando uma manifestação e promete ocupar as galerias da Câmara Municipal para cobrar dos vereadores a cassação do mandato do prefeito afastado da cidade, de Berg Lima. Eles querem novas eleições no município.
A manifestação está sendo programada para a próxima terça-feira (18).
O vereador Jefferson Kita, que será o futuro presidente da Câmara de Bayeux, disse que a população quer diretas já na cidade e afirmou que a Câmara tem o dever moral de cassar Berg ainda na atual legislatura para que a população seja atendida.
“Com esse possível retorno dele a população vai cobrar da Câmara para que coloque em pauta a cassação dele este ano”, disse o parlamentar.
Jefferson Kita disse que a população está coberta de razão em pedir a cassação de Berg e que a “Câmara tem que fazer o seu papel e dá o direito à população de escolher seu representante” para a Prefeitura.
“A Câmara tem hoje a chance de fazer as pazes com a população dando esse gesto e fazer a eleição direta”, ressaltou Kita.
STJ – O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou nesta quinta-feira (13), por unanimidade, o retorno de Berg Lima à Prefeitura de Bayeux.
A defesa de Berg Lima alegou que ele está afastado há muito tempo do cargo e que não representa obstáculo as investigações e que não há sentido para ele continuar fora do cargo, que a medida cautelar que resultou no seu afastamento da Prefeitura de Bayeux está demorando muito.
Além disso, eles alegam, no mérito, que a acusação que pesa contra Berg é de concussão, ou seja, exigir vantagens em troca de favores, o que segundo eles não está caracterizado no vídeo de que o gestor afastado teria exigido alguma coisa.
A defesa de Berg também questiona a validade do vídeo, afirmando que a perícia não pode apontar se o vídeo teria sido ou não editado.
O advogado de Berg Lima, Inácio Queiroz, acredita que ele será absolvido dessa acusação.
Berg Lima foi afastado em julho do ano passado após ser filmado recebendo suposta propina de um empresário, que foi apontado como um fornecedor da prefeitura. O prefeito afastado ficou mais de quatro meses preso. A prisão ocorreu no dia 5 de julho, durante uma operação do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco/MPPB), pela prática de concussão. Ele foi flagrado recebendo R$ 3,5 mil de um empresário fornecedor da prefeitura de Bayeux. O valor seria uma exigência para que o empresário pudesse receber o crédito de R$ 77 mil, referente a um contrato celebrado na gestão anterior.