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Ministro pede providências por cena de masturbação em filme com Gentili e Porchat

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RIO — O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, informou ter pedido a “vários setores” que tomem “providências cabíveis” contra o filme “Como se tornar o pior aluno da escola” devido ao que ele descreveu como “detalhes asquerosos” presentes na obra, que mobilizou as redes neste domingo (13).

O longa-metragem de 2017, baseado em um livro homônimo publicado em 2009 por Danilo Gentili (que está no elenco) e dirigido por Fabrício Bittar, chegou ao serviço de streaming Netflix em fevereiro e inclui uma cena com Fábio Porchat que gerou polêmica. A sequência criticada tem o personagem de Porchat, o pedófilo Cristiano, assediando sexualmente dois garotos. Cristiano interrompe Pedro (Daniel Pimentel) e Bernardo (Bruno Munhoz), pede que eles parem de discutir e, para não serem prejudicados na escola, o masturbem.

Algumas personalidades já se manifestaram, acusando o filme de pedofilia. Entre elas estão o secretário especial da Cultura, Mario Frias, o deputado estadual André Fernandes (Republicanos-CE), a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) e o vereador de Niterói Douglas Gomes (PTC-RJ), que compartilhou o vídeo da cena polêmica.

Frias afirmou que o filme faz “apologia ao abuso sexual infantil”. Em seu perfil no Twitter, o titular da Cultura escreveu que “é uma afronta às famílias e às nossas crianças. Utilizar a pedofilia como forma de ‘humor’ é repugnante! Asqueroso!”

“O repugnante filme ‘Como se tornar o pior aluno da escola’ naturaliza a pedofilia a fim de normalizá-la. Já informei ao Ministério da Família ao qual oficiarei, assim como denunciarei ao MP e solicitarei informações ao CNMP acerca dos procedimentos em curso”, disse Zambelli em post no Twitter.

Segundo o “Guia prático de classificação indicativa”, referência da indústria audiovisual brasileira cuja quarta edição foi publicada pelo Miistério da Justiça em 2021, já durante o governo Bolsonaro, “conteúdos em que um personagem se beneficia da prostituição de outro” ou nos quais há “indução ou atração de alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual” não são recomendados para menores de 14 anos — que é a classificação indicativa de “Como se tornar o pior aluno da escola”.

Em texto divulgado por sua assessoria nesta segunda (14), Fábio Porchat sublinhou que o filme se trata de uma obra de ficção e que seu personagem é “o vilão”. “Quando o vilão faz coisas horríveis no filme, isso não é apologia ou incentivo àquilo que ele pratica, isso é o mundo perverso daquele personagem sendo revelado. Às vezes é duro de assistir, verdade. Quanto mais bárbaro o ato, mais repugnante. Agora, imagina se por conta disso não pudéssemos mais mostrar nas telas cenas fortes como tráfico de drogas e assassinatos? Não teríamos o excepcional Cidade de Deus? Ou tráfico de crianças em Central do Brasil? Ou a hipocrisia humana em O Auto da Compadecida. Mas ainda bem que é ficção, né? Tudo mentirinha”, escreveu Porchat.

Danilo Gentili também se manifestou sobre o caso em seu perfil no Twitter, dizendo que “o maior orgulho” que ele tem em sua carreira é ter conseguido “desagradar com a mesma intensidade tanto petista quanto bolsonarista”. Nas eleições de 2018, Gentili apoiou o então candidato do PSL à presidência, Jair Bolsonaro. Posteriormente, porém, já manifestou arrependimento por seu voto.

“Os chiliques, o falso moralismo e o patrulhamento: veio forte contra mim dos dois lados. Nenhum comediante desagradou tanto quanto eu. Sigo rindo :)”, acrescentou Gentili.

 

O Globo Online

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