O deputado federal Julian Lemos (PSL) votou de acordo com a orientação do governo federal e contra o Plano Mansueto, como ficou conhecido o “Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal”. A denominação popular se deu porque ele foi proposto pelo secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida. Apesar do voto contrário de Julian, a Câmara dos Deputados aprovou a matéria que cria um mecanismo para socorro financeiro aos Estados e municípios durante a crise decorrente da covid-19. Foram 431 votos a favor e 70 contra. O resultado é uma derrota para a equipe econômica do governo, que chegou a chamar a proposta de “bomba fiscal”.
Hostilizado sistematicamente pelos filhos de Jair Bolsonaro, Julian tem se mantido fiel nas votações importantes para o presidente, que também não tem feito afagos ao deputado paraibano desde que Carlos e Eduardo usaram as redes sociais para atacar o parlamentar.
“Antes de ser governista, eu sou brasileiro, voto com minhas convicções. E aqui mais uma vez sendo leal ao Brasil, não votei em uma bomba fiscal”, disse Julian Lemos em seu perfil na rede social.
O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto de Almeida, estima que o novo projeto de auxílio financeiro a estados terá impacto nas contas públicas entre R$ 148 bilhões e R$ 222 bilhões em 2020.
Inicialmente, o PLP 149/2019, construído pelo secretário do Tesouro, garantia auxílio financeiro a estados em crise empenhados com o ajuste fiscal. Em contrapartida, os governos estaduais se comprometeriam a limitar os gastos permanentes. Com a pandemia do novo coronavírus, o escopo do projeto foi alterado para garantir apoio emergencial a todos os estados.