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Médica paraibana é cotada para substituir Mandetta no Ministério da Saúde

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Em meio ao início de um movimento de debandada de secretários do Ministério da Saúde, a equipe do presidente Jair Bolsonaro acelerou a busca por um substituto do ministro Luiz Henrique Mandetta, que já avisou auxiliares de sua demissão nos próximos dias. Na lista de prováveis substituto está uma médica paraibana, a oncologista Maria Inez Gadelha.

Entre os cotados estão médicos de fora da pasta e o número 2 do ministério, João Gabbardo. Médico e ex-secretário de Saúde do Rio Grande do Sul, o secretário-executivo chegou à pasta por indicação do deputado e ex-ministro Osmar Terra (MDB-RS), seu conterrâneo. Com o passar do tempo, Gabbardo ganhou a confiança de Mandetta.

Um dos médicos sugeridos a Bolsonaro é Claudio Lottenberg, que é presidente do Conselho do Hospital Israelita Albert Einstein. Ele conta com apoio de Fabio Wajngarten, secretário de Comunicação Social da Presidência, cujo pai também é médico do hospital paulista.

Bolsonaro também tem simpatia pelo cardiologista Otávio Berwanger, que, no início do mês, participou de reunião com um grupo de médicos no Palácio do Planalto. Ele é diretor da organização de pesquisa acadêmica do Einstein e coordenador de estudos epidemiológicos da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo. O entorno do presidente, no entanto, avalia que Berwanger dificilmente aceitaria.

Outro nome que voltou a circular no Planalto é do empresário e médico do Rio de Janeiro Nelson Teich, que durante a campanha presidencial, em 2018, chegou a se reunir com Bolsonaro e foi cotado para ocupar o Ministério da Saúde.

Em seu perfil no LinkedIn, Teich se apresenta como conselheiro do secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos do Ministério da Saúde, Denizar Vianna, em dois períodos: setembro de 2019 a janeiro de 2020, e fevereiro a março deste ano —intervalo que coincide com o epidemia do novo coronavírus.

Uma parte da ala militar, preocupada com uma política de continuidade, tenta emplacar o nome de Gabbardo, secretário-executivo, como possibilidade de solução temporária.

Maria Inez Gadelha

Ainda numa solução caseira, a oncologista Maria Inez Gadelha,​ que atua na Secretaria de Atenção à Saúde, também está na bolsa de apostas. A servidora conta com apoio sobretudo na bancada federal da Saúde. Maria Inez é natural da Paraíba e atua na medicina especializada em câncer há 30 anos.

Com a piora na relação com o ministro, que perdeu apoio substancial no Planalto, o presidente foi aconselhado a efetuar uma troca nesta semana, antes que Mandetta volte a ganhar força.

A equipe do ministro ligada ao combate da pandemia começou um movimento para deixar a pasta. Principal nome à frente das ações de controle do coronavírus, o secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, pediu demissão na manhã desta quarta-feira (15).

A informação foi confirmada pela pasta. Mais cedo, Oliveira já tinha divulgado uma carta à equipe, como revelou a coluna da Mônica Bergamo, da Folha. Além de Oliveira, o secretário Denizar Vianna (Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos), também deu sinais de que deve sair caso a exoneração do ministro se confirme.

Com receio de ver os trabalhos descontinuados, auxiliares de Mandetta deram ordens à equipe para que acelerem a publicação de trabalhos técnicos que já estejam em fase de finalização para no máximo quinta-feira (16).

Mais cedo, Oliveira pediu a diretores que fizessem um balanço das ações de suas áreas para uma eventual troca de gestão. Pedido semelhante foi reforçado por Mandetta em reunião nesta quarta. Na ocasião, o ministro orientou a equipe a acelerar ações para mostrar que a pasta cumpriu o que havia prometido fazer.

​Aliados do presidente buscam um nome que traga confiabilidade e não provoque mais estrecimentos ao governo em meio à pandemia, que se aproxima de seu período mais crítico.

Inicialmente, Bolsonaro fazia questão de nomear alguém que fosse alinhado a ele na defesa do que chama de “isolamento vertical”, focado apenas em grupos de risco, e na utilização da hidroxicloroquina em pacientes em fase inicial da doença.

No entanto, ele passou, de acordo com aliados, a aceitar uma alternativa que, embora tenh​a uma visão diferente da dele no combate à doença, não adote posição de confronto ou o desautorize em público.

A ideia principal, como reafirmou um ministro do governo, é escalar alguém que ajude a reduzir um eventual desgaste público com a saída de Mandetta.

Por outro lado, há uma preocupação com a transição na Saúde, para que a saída do atual ministro não se dê sem que haja memória do trabalho produzido até aqui, com mais de um mês de crise.

Conta a favor de Gabbardo o fato de o secretário ter cortado perguntas em entrevistas que pudessem contrapor Bolsonaro às recomendações do ministério, como saídas para pontos de comércio de Brasília. Há, porém, quem veja nele um forte aliado de Mandetta por ter se mostrado fiel ao ministro em algumas aparições públicas.

De acordo com relatos feitos à Folha, Gabbardo não chegou a ser convidado e ainda há dúvidas de que aceitaria a missão.

Com Folha de S. Paulo

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