Mais um crime bárbaro contra uma mulher foi registrado na madrugada desta sexta-feira (26) no bairro de José Pinheiro em Campina Grande. Um jardineiro de 34 anos, identificado pelo primeiro nome, Paulo, usou um instrumento de trabalho, um facão, para degolar a esposa, Juliete Alves da Silva, que tinha 32 anos. O crime aconteceu por volta das 5h. Minutos antes, vizinhos escutaram quando ela gritou. Paulo era pregador em uma igreja evangélica e a arma do crime teria sido um presente dela para ajudá-lo no trabalho. A delegada Elizabeth Beckman, da Polícia Civil, responsável pelo caso, disse que o jardineiro, depois do crime, tentou limpar, em uma bíblia, o facão utilizado para matar a esposa.
“Um lado ele limpou na própria Bíblia, mas o outro lado do facão ainda tem resquícios de sangue”, disse a delegada. Ainda segundo ela, várias bíblias abertas foram encontradas na casa.
O feminicídio teve detalhes horrendos, além da degola. O assassino chamou uma filha da mulher e avisou a ela que fosse chamar uma vizinha porque ele estava indo embora e tinha matado Juliette. A menina correu para pedir ajuda à vizinha, que pensou ser mentira o relato da garota. Chegando ao quarto do casal, contudo, encontrou o cadáver da amiga.
Paulo e Juliete não tinham filhos entre si. Ela tinha três filhos de um relacionamento anterior e outros três sobrinhos do marido viviam com a família numa casa que fica num beco, próximo a Rua Maximiano Machado.
A vizinha que foi chamada pela filha da vítima contou que Paulo costumava tratar bem a esposa, mas que recentemente ele passou a ter episódios de ciúme e ia esperá-la na saída do trabalho, desconfiando que ela pudesse estar tendo um caso amoroso com um colega.